Brasil e Rússia são os dois emergentes onde as importações caíram de forma muito mais intensa que as exportações em meio à pandemia do coronavírus, o que é positivo para o balanço de pagamentos, conclui um estudo do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo. Já Turquia e Egito se destacam pela forte queda das exportações este ano, o que é negativo para as contas externas.

O estudo do IIF procurou avaliar o impacto da pandemia do coronavírus nas exportações e importações, na medida em que a covid-19 já pegou as moedas da região desvalorizadas e o movimento só se acentuou.

Como a pandemia foi um choque global, o que se esperava é que tanto as exportações como as importações caíssem em ritmo semelhante. Mas a análise por país mostra que alguns foram exceções, como o Brasil, que teve queda mais forte nas importações, por conta da retração da atividade e do dólar forte, e a Turquia, onde as exportações recuaram mais intensamente.

O IIF observa que desde 2013, ano que marcou a virada internacional para baixo nos preços das commodities, as moedas de emergentes vêm tendo desvalorização importante.

Em média, perderam entre 20% e 30% do valor perante o dólar. Este ano, essa tendência de desvalorização se acentuou, com o real e a lira turca entre os piores desempenhos mundiais, ressalta o relatório.

O IIF comenta que prepara uma atualização de suas estimativas das taxas justas de câmbio de cada país.