A prefeitura de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, abriu licitação na quarta-feira, 17, para contratar um estudo de retirada da areia do mar e alargamento de algumas praias da ilha, um dos principais destinos turísticos do Estado. O prefeito Toninho Colucci (PL) disse que a medida pode reduzir a erosão costeira e evitar a inundação de ruas, além de oferecer mais espaço para os turistas.

Algo assim já foi feito na principal praia de Balneário Camboriú (SC), onde a faixa de areia foi estendida em 45 metros. A dragagem da areia no mar, porém, causou um aumento na presença de tubarões na praia. Ilhabela é próxima de Ubatuba, onde um tubarão atacou um turista no último dia 3. Houve ainda um segundo ataque no feriado do dia 15, que está sendo investigado.

Projeto

O prefeito de Ilhabela já esteve no balneário catarinense para conhecer o projeto. Ele manteve contato com os técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), vinculado ao Ministério da Infraestrutura, para adequar o projeto de Balneário Camboriú às condições geográficas do arquipélago.

A ideia inicial é fazer o alargamento das praias da região do Perequê, onde o nível do mar tem alcançado trechos da malha urbana. Em algumas ocasiões, a água destruiu ciclovias e chegou a atingir as casas. Estão previstas intervenções nas praias Barra Velha, Perequê, Itaquanduba, Engenho D’Água, Vila e Ponta do Pequeá. O custo estimado para a obra toda é de R$ 20 milhões. A ideia é que a praia recupere a faixa de areia que tinha há 30 anos.

Segundo Colucci, as obras do porto de São Sebastião e do terminal da Petrobras alteraram o fluxo da água salgada no entorno da ilha e houve a erosão das faixas de areia. “Em alguns casos, perdemos de 20 a 30 metros de praia, principalmente na área do canal. O projeto prevê recuperar o que foi perdido e recompor a faixa de areia”, disse. A previsão é de repor 500 mil metros cúbicos de areia em cerca de 5 km de praias. A empresa vencedora da licitação vai prospectar as melhores jazidas para a retirada da areia, seguindo orientações do INPH.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.