Com a proximidade da Copa do Mundo, que será realizada no Brasil no ano que vem, são cada vez mais frequentes os debates em torno da infraestrutura hoteleira, da mobilidade urbana e da segurança, preocupação que inspirou a criação da frase “imagine na Copa”. Fora das grandes pautas sobre o evento estão as Centrais de Abastecimento (Ceasa), que estão investindo pesado para atender à alta demanda de alimentos que será gerada por hotéis, restaurantes e feiras. Uma delas, a unidade mato-grossense de Cuiabá, entrará em operação em junho de 2014, às vésperas do megaevento esportivo. “Vamos abrir a licitação para a construção do Ceasa neste mês”, diz Baltazar Ulrich, superintendente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf/MT) e presidente do futuro Ceasa MT. “Com isso, vamos inaugurar uma parte do Ceasa, voltada a pequenos produtores, antes da Copa.”

A capital de Mato Grosso era a única do País que ainda não possuía um Ceasa. A unidade será a primeira a contar com capital privado para sua construção. Segundo Ulrich, o restante do complexo mato-grossense será entregue até o final de 2014 e contará com aportes na casa dos R$ 150 milhões. A primeira etapa consiste na construção de espaços que abriguem a produção agrícola dos pequenos produtores – um miniatacado voltado a atender os médios consumidores, como do segmento de hotéis e restaurantes, de olho na demanda da Copa do Mundo. A segunda será a construção de um shopping, um atacado de flores, um centro de distribuição de grandes varejistas e câmeras frigoríficas para abrigar frutas, peixes e carnes. “Serão 64 mil metros quadrados de benefícios ao Estado”, diz Ulrich. “Vamos colaborar para atender os 100 mil turistas esperados para a Copa do Mundo.”

Outra unidade que também está em reformas é a da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a maior do País, que movimenta mais de R$ 7 bilhões anualmente em seus 35 armazéns espalhados em 28 municípios. Na unidade principal, a da capital, serão investidos R$ 54 milhões em melhorias de acesso, reforma do prédio e adequação para transformar o entreposto em um ponto turístico da cidade. “Estamos há dois anos engajados em transformar o Ceagesp em um novo mercadão”, diz Edson Inácio Marin, gerente do entreposto paulistano. “Na Copa, estaremos preparados para atender 200 mil turistas, direta ou indiretamente.”