O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 9,3 pontos na passagem de abril para maio, alcançando 201,2 pontos, segundo prévia do mês divulgada nesta quarta-feira (13) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A apuração preliminar se refere a dados coletados até o dia 11 deste mês. Se confirmado o resultado no fechamento de maio, o indicador persistirá na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos), devolvendo menos de 10% da alta de 95,4 pontos acumulada nos meses de março e abril.

O pior resultado já alcançado pelo IIE-BR antes da atual crise era de 136,8 pontos, em setembro de 2015.

“O resultado da prévia do Indicador de Incerteza de maio sugere uma acomodação em níveis extremamente elevados devido à pandemia de Covid-19. Apesar de a maior contribuição para a queda do IIE-Br ter vindo da redução relativa das notícias de incerteza nos principais veículos, a alta expressiva do Indicador de Expectativas, que mostra a dispersão das previsões de mercado, ilustra a grande dificuldade de se prever cenários hoje para as principais variáveis da economia”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

Na prévia de maio, o componente de Mídia recuou 15,9 pontos, para 179,4 pontos, depois de uma alta acumulada de 82,3 pontos em março e abril. Já o componente de Expectativa avançou 20,7 pontos, para 246,5 pontos, o segundo maior nível da série, abaixo apenas do patamar registrado em outubro de 2002, quando estava em 257,5 pontos.

A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 24 do mês de referência.