São Paulo, 18 – A indústria brasileira de alimentos e bebidas fechou 2019 com faturamento de R$ 699,9 bilhões, 6,7% mais que no ano anterior. “Na contramão do desempenho da indústria nacional como um todo, que recuou 0,8% em 2019 (dados da CNI), a indústria de alimentos fechou o ano com crescimento de 2,3% em vendas reais. Foi a melhor taxa de crescimento desde 2013, quando o setor cresceu 4,2%”, disse a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) em nota.

Conforme a entidade, as vendas do mercado interno – varejo e food service – cresceram 6,2% no ano, ante 4,3% em 2018. O food service (alimentação preparada fora do lar) cresceu 6,9%, enquanto o mercado varejista cresceu 5,9%. “Já os investimentos, incluindo fusões e aquisições, alcançaram R$ 22,3 bilhões, um crescimento de 4% em relação ao ano anterior, o que representa 3,2% do faturamento total do setor, dedicados a projetos de modernização e expansão de fábricas, P&D e desenvolvimento de novos produtos.”

A Abia informou que as categorias que mais se destacaram em vendas reais foram as carnes, com aumento de 11,1%; derivados de cereais, chá e café, 5,6%; desidratados e supergelados (pratos prontos e semiprontos congelados e alimentos desidratados), 4,9%; e o grupo de diversos (molhos, temperos e condimentos, sorvetes e salgadinhos), 3,4%. As maiores quedas em vendas foram registradas no açúcar, 10,8%; óleos e gorduras, -4,7% e derivados de frutas e vegetais, -4,1%.

A indústria de alimentos processa 58% de toda a produção agropecuária brasileira. Sua participação nas aquisições de matérias-primas se mantém nos patamares de anos anteriores, sendo proteínas animais, com 99%, cadeia do trigo, 95%, e cadeia do arroz, 95%.

Por fim, no comunicado, a Abia diz que em relação à geração de empregos a indústria de alimentos e bebidas criou 16 mil novas vagas diretas em 2019, 3 mil a mais do que em 2018. O setor responde por cerca de 23% dos empregos da indústria da transformação do País, registrando 1,6 milhão de empregos diretos.