Em janeiro, a indústria ainda operava em patamar acima do pré-covid, de fevereiro de 2020, em apenas 5 de 15 locais pesquisados: Mato Grosso (23,5% acima), Paraná (5,2%), Rio Grande do Sul (2,3%), Santa Catarina (0,8%) e Rio de Janeiro (0,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria de São Paulo, maior parque fabril do País, operava em janeiro 1,6% abaixo do patamar pré-covid.

“Isso nos mostra perda de ritmo da indústria nacional”, resumiu Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

O pesquisador ressalta que os problemas que já atrapalhavam a oferta e a demanda se somaram a outros eventos extraordinários, como chuvas torrenciais, afetando as plantas industriais Brasil afora.

Entre os fatores conjunturais, ele cita como empecilhos ao dinamismo da indústria o desemprego em patamar elevado, inflação acelerada, desabastecimento de insumos e encarecimento de matérias-primas.

“Vale lembrar que antes da pandemia já tínhamos um quadro de incertezas, e a pandemia só intensificou esse quadro de incertezas”, apontou Almeida.