Aperto geral

Criado no ano passado por sete instituições da sociedade civil, entre elas o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica e The Nature Conservancy (TNC), o Observatório do Código Florestal anunciou que não vai dar sossego ao governo federal durante a implantação das medidas necessárias para que o código funcione. Depois da regularização do CAR, o Cadastro Ambiental Rural, o grupo quer colocar em pauta os Planos de Regularização Ambiental (PRAs), que terão a função de monitorar a recuperação, regeneração e compensação de áreas desmatadas ilegalmente.

Um brasileiro no comando

Jorge Cajazeira, diretor de relações internacionais da Suzano Papel e Celulose, vai comandar um comitê internacional que criará a ISO 19.288, normas de gestão florestal, válidas em 50 países produtores de madeira. A nova certificação, reconhecida pela ONU, vai garantir a procedência do material usado na fabricação de papel, celulose e móveis. Cajazeira, que em maio presidiu a primeira reunião do comitê, em Berlim, não é um novato na área. Em 2010, ele liderou o processo de criação da ISO 26000, a primeira norma mundial de responsabilidade social. 

Fazendo a lição de casa

A Monsanto, que tem pronta a tecnologia de colocar as sementes transgênicas e convencionais em uma mesma sacaria, para evitar que a técnica da transgenia se perca em função do surgimento de pragas resistentes, restringiu a sua implantação no País. A empresa vai, primeiramente, incentivar a técnica do refúgio, uma área plantada com grãos convencionais ao lado da área transgênica. Uma pesquisa do Instituto Kleffmann mostrou que na safra passada apenas 20% dos produtores no País adotaram a técnica. Para dar um empurrão, a Monsanto promete 30% de desconto na compra dessas sementes. 

Mais leis para os gaúchos

Depois dos últimos escândalos descobertos no Rio Grande Sul sobre a adulteração do leite entregue em laticínios locais, dois promotores de Justiça estão pedindo ao Ministério Público do Estado a criação de um regulamento para o transporte de leite cru. Os promotores Mauro Rockenbach e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho querem, com a lei, proteger os produtores, principalmente os pequenos, e colocar na cadeia, por até quatro anos, os fraudadores de alimentos.

Chapéu chinês

No mês passado, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, esteve na China. Coutinho foi aplainar o terreno para as negociações que devem ocorrer no próximo mês, quando o Brasil receberá a visita do presidente daquele país, Xi Jinping, que virá assistir aos jogos da Copa do Mundo e participar da cúpula dos Brics, marcada para o dia seguinte ao encerramento, 14 de julho. Os chineses, que vinham adquirindo terras no País, perderam boa parte do entusiasmo por conta da lei que impede estrangeiros de investir nesse setor. Agora, Dilma Rousseff quer atraí-los para as obras de transporte e logística. Coutinho se reuniu com o primeiro vice-ministro Li Keqiang, além de representantes do Eximbank e de fundos de investimentos da China.