O apetite da BRF

O Brasil permanece como o principal mercado para a BRF, a gigante do setor de alimentos, que faturou R$ 30,5 bilhões no ano passado. Mas os horizontes da empresa estão se ampliando. Em outubro, Roberto Banfi, CEO da BRF para Europa e Eurásia, que estava em Paris para a SIAL 2014, a maior feira de alimentos e bebidas do mundo, disse que a ideia é aumentar sua presença no mercado externo com produtos de maior valor agregado, principalmente dos que levam a marca Sadia. “Desde o ano passado, a BRF mantém um projeto de expansão cujo objetivo é torná-la mais orientada ao mercado”, afirma Banfi. Atualmente, a BRF exporta para 110 países.

Tempo quente

Ricardo Tomczyk, presidente da Aprosoja-MT, se posicionou contra a ampliação do vazio sanitário de 90 para 138 dias, para a próxima safra, em Mato Grosso, determinado em outubro pelo Mapa. Segundo Tomczyk, a possibilidade de disseminação da ferrugem asiática da soja, praga que o vazio pode brecar, representa apenas 2% da área cultivada no Estado, de 26 milhões de hectares. Mas a medida, que se estenderia para o período da safrinha, pode impactar o mercado de sementes, elevando o preço ao produtor. 

Cargo confirmado

A senadora Kátia Abreu precisou do aval do juiz Ricardo Lourenço Filho, da 7ª Vara do Trabalho, de Brasília, para confirmar sua reeleição à presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no triênio 2014/2017. A eleição, realizada no dia 15 de outubro, havia sido contestada na Justiça pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraná, entidade que pede mudanças nas regras eleitorais da CNA. 

Segura peão

Os deputados que formam a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estão pressionando o Congresso Nacional para aprovarem, em regime de urgência, um crédito de R$ 310 milhões ao Orçamento Fiscal da União, ainda na atual legislatura. O montante faria parte do próximo Plano Safra, que será anunciado no primeiro semestre de 2015. Caso dê certo, o total destinado ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) será de R$ 700 milhões.

Carne salgada

Embora a Rússia figure entre os maiores clientes das carnes brasileiras, principalmente a bovina, tornou-se uma praxe do país do presidente Vladimir Putin criar dificuldades para os exportadores nacionais. A mais recente tentativa veio em forma de ameaça velada, feita no mês passado por Sergey Dankvert, chefe dos serviços veterinários do Rosselkhoznadzor, órgão equivalente ao Ministério da Agricultura (Mapa), no Brasil. Dankvert reclamou dos preços da carne brasileira, que estariam muito elevados, ameaçando procurar outros fornecedores, como Índia e China. Segundo ele, a esses dois países bastaria um estímulo para que produzissem para o mercado russo. 

Prejuízo milionário

O prejuízo causado ao agronegócio pela seca em São Paulo beira R$ 30 milhões, de acordo com o presidente do Conselho de Logística e Infraestrutura da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Renato Pavan. Mas o estrago pode ser bem maior e ainda incalculável. O rombo citado por Pavan refere- se apenas à suspensão da navegação na hidrovia Tietê- Paraná há quase cinco meses.