São Paulo, 6/12 – O Brasil acaba de iniciar um dos maiores trabalhos de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros para gestão desse recurso e sua conservação. A empreitada, chamada de Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos), tem horizonte de 30 anos e está orçada em R$ 740 milhões, nos dez primeiros anos. Vão participar 20 instituições, entre universidades, institutos de pesquisa, agências especializadas e empresas de pesquisa científica.

Entre os maiores resultados esperados está a criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um programa nacional de levantamento de solo. “Esses dois pontos a serem atendidos estão listados no acórdão redigido pelo Tribunal de Contas da União, em 2015, que deu origem ao programa,” disse, em comunicado, o coordenador do Pronasolos, o pesquisador José Carlos Polidoro, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Solos).

“O programa vai obter informações importantes no nível de detalhamento necessário para que o País consiga usar esse recurso natural tão importante”, disse o cientista, durante a assinatura do protocolo de intenções, na terça-feira 5, em Brasília (DF).

Conforme Polidoro, o governo, por meio do Ministério da Agricultura, prepara um decreto que visa a estabelecer o Pronasolos como programa de Estado.