Ribeirão Preto, 14 – A INTL FCStone divulgou nesta terça-feira, 14, a primeira estimativa do balanço entre oferta e demanda global de açúcar na safra 2019/2020, a ser iniciada em outubro deste ano, com um déficit de 5,7 milhões de toneladas. A consultoria manteve também a previsão de março para um saldo negativo em 300 mil toneladas na safra global 2018/2019, cuja produção está praticamente encerrada. Na safra 2017/2018, houve um superávit de 8,3 milhões de toneladas.

Segundo o relatório dos analistas João Paulo Botelho e Matheus Costa, a oferta total de açúcar na safra 2019/2020 deve ficar em 182,2 milhões de toneladas, queda de 1,9% sobre a safra atual, de 185,8 milhões de toneladas. Já a demanda prevista para a próxima safra é de 187,9 milhões toneladas, 1% superior à de 2018/2019, de 186,1 milhões de toneladas.

O recuo na oferta ocorrerá pela queda na produção açúcar em três dos maiores produtores globais. Na Índia, a oferta deve ser reduzida em 13,1%, do recorde de 32,9 milhões de toneladas em 2018/2019, para 28,6 milhões de toneladas em açúcar branco equivalente.

Na Tailândia, a produção deve cair 8,8% entre as safras, para 13,5 milhões de toneladas, e na China a queda deve ser de 5% na mesma base de comparação, para 10,1 milhões de toneladas.

Se o cenário previsto pela INTL FCStone se concretizar, após duas safras atrás da Índia o Brasil voltará a ser o maior produtor mundial do adoçante em 2019/2020. O Centro-Sul ter uma oferta de 29 milhões de toneladas (+8,9%) e o Norte/Nordeste de 2,7 milhões de toneladas (+6,9%) no período, um total de 31,7 milhões de toneladas de açúcar.