Barcelona, 7 – Investidores que representam cerca de US$ 6,3 trilhões em ativos estão pedindo que companhias parem com o desmatamento associado à produção de soja na América do Sul e sejam mais transparentes.

Uma carta organizada pelo grupo Ceres, que defende práticas sustentáveis, foi enviada por 57 investidores a 25 empresas que originam soja na América do Sul. A região é responsável por mais da metade da soja produzida no mundo.

“Companhias que originam soja e derivados na América do Sul estão expostas a uma série de riscos associados ao desmatamento”, disseram os investidores. “Embora reconheçamos o importante papel da agricultura e da produção de soja para o desenvolvimento econômico e o sustento de agricultores, estamos preocupados com as questões ambientais e sociais associadas à produção não sustentável de soja, que poderia ter um impacto significativo sobre companhias que compram a commodity.”

Os investidores disseram que as empresas precisam estabelecer metas e prazos, revelar suas políticas de desmatamento e publicar dados sobre a origem de sua soja. A Ceres não divulgou os nomes das empresas, mas a Archer Daniels Midland (ADM) e a Bunge responderam à carta.

“As recomendações da carta dos investidores coincidem em muitos aspectos com a forma como a Bunge aborda atualmente a soja sustentável”, disse Stewart Lindsay, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos governamentais da Bunge. Segundo Lindsay, a companhia pretende ter uma cadeia de suprimentos livre de desmatamento até 2025.

A diretora de sustentabilidade da ADM, Alison Taylor, disse que a empresa está trabalhando junto a acionistas, produtores e governos para proteger o meio ambiente e as pessoas na América do Sul. Fonte: Dow Jones Newswires.