O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou a 1,43% no fechamento de setembro, após variação de 0,71% em agosto e de 1,27% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulou inflação de 9,61% nos 12 meses até setembro, maior que o avanço de 8,95% ocorrido no período até agosto.

O resultado mensal veio acima do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,42%, com mediana de 1,29% e piso de 1,21%. A taxa em 12 meses também superou a aposta mais alta do levantamento, que tinha estimativas de 9,39% a 9,59% e mediana de 9,47%.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, cinco avançaram na variação da terceira quadrissemana de setembro para o fechamento do mês, com destaque para Habitação, que saltou de 2,15% para 2,59%. Em agosto, a taxa havia sido de 0,59%. A maior contribuição foi de tarifa de eletricidade residencial, cuja variação subiu de 6,27% para 8,52% na comparação quadrissemanal.

Educação, Leitura e Recreação (2,25% para 2,90%) também apresentou aceleração significativa, com impacto de passagem aérea (17,61% para 22,70%). Transportes (1,32% para 1,50%), Comunicação (0,21% para 0,39%) e Despesas Diversas (0,29% para 0,30%) foram os outros grupos a registrar avanço, puxados por gasolina (2,75% para 3,38%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,48% para 1,04%) e cigarros (0,48% para 0,58%), respectivamente.

Na direção oposta, Saúde e Cuidados Pessoais (0,31% para 0,14%), Vestuário (0,39% para 0,28%) e Alimentação (1,13% para 1,09%) tiveram alívio na inflação. Os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,52% para -0,01%), calçados infantis (0,00% para -1,12%) e aves e ovos (4,31% para 3,81%) contribuíram para a desaceleração.

Influências individuais

Os itens que mais pressionaram o IPC-S para cima no fechamento de setembro foram tarifa de eletricidade residencial (6,27% para 8,52%), passagem aérea (17,61% para 22,70%) e gasolina (2,75% para 3,38%). Condomínio residencial (1,60% para 2,03%) e taxa de água e esgoto residencial (4,18% para 2,60%) completam a lista, segundo a FGV.

Já perfume (-0,90% para -1,25%), cebola (-5,04% para -4,19%) e desodorante (-0,52% para -1,01%) tiveram as maiores influências de baixa no resultado quadrissemanal, seguidos por arroz (-1,02% para -0,75%) e mensalidade para internet (-0,47% para -0,51%).