São Paulo, 20 – A fabricante de máquinas agrícolas John Deere informou na quarta-feira que lançou um programa de demissão voluntária (PDV) “como parte de mudanças estruturais globais”. A John Deere negou que o PDV esteja relacionado a resultados financeiros negativos no Brasil. “Está relacionado à reorganização da companhia, que tem como objetivo tornar o negócio mais ágil e competitivo, em linha com a estratégia global para continuar garantido a robustez e a sustentabilidade por muitas outras décadas na história da John Deere” disse a companhia ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. No Brasil, a John Deere tem 5 mil funcionários.

A empresa não soube estimar o número de voluntários ou de vagas que devem ser fechadas ou ainda eventuais reduções de custos decorrentes do Programa.

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Sobre este ponto específico, informou que, após finalizar o PDV, fará “uma avaliação mais detalhada”.

Reforçou que o PDV está “num contexto de diferentes ações estratégicas que a companhia vem tomando para se tornar ainda mais eficiente e inovadora”. “São transformações importantes que, juntas, oferecem um equilíbrio neste período de transição do modelo de negócios”, afirmou.

Conforme a empresa, o período de adesão ao PDV vai 19 de agosto a 18 de setembro deste ano e o último dia de trabalho de um funcionário que tenha aderido ao programa será, no máximo, 31 de outubro de 2020.

Não foram incluídos no PDV os funcionários da PLA (fabricante argentina de pulverizadores e outras máquinas, adquirida pela John Deere, com operações no Brasil), da Deere Hitachi e da Ciber (de equipamentos rodoviários).

Também não são elegíveis funcionários em contrato de prazo determinado; que têm sua aposentadoria na John Deere prevista para antes do dia 19 de agosto de 2020; pessoas com deficiência; com estabilidade provisória; com contrato suspenso (como licença saúde e serviço militar obrigatório) e que fazem parte da área de Tecnologia de Informação (TI/ Agile).