A Justiça de São Paulo decretou nesta quarta-feira, 22, a prisão preventiva do procurador municipal de Registro, no Vale do Ribeira, Demétrius Oliveira de Macedo, que espancou a chefe dentro da prefeitura. Ele foi suspenso após o episódio.

A decisão é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1.ª Vara da Comarca de Registro, e atendeu a um pedido da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança de São Paulo disse que ele ainda não foi encontrado.

Mais cedo, o governador Rodrigo Garcia afirmou que o caso “não ficará impune”. “Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Como mostrou o Estadão, partiu do Ouvidor das Polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, a requisição para prender o promotor municipal. Ele disse que a medida é necessária para “salvaguardar o direito da vítima”.

O Ministério Público de São Paulo também entrou no caso e designou dois promotores de Justiça que trabalham em Registro para acompanhar os desdobramentos.

As agressões ocorreram na segunda-feira, 20, e foram registradas em vídeo. A vítima é a procuradora-geral da cidade, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, a quem Demétrius é subordinado. Ela é derrubada e chamada de “vagabunda” e “puta”.

Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.