O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou minimizar as divergências com o Senado em relação à reforma do imposto de renda e disse não acreditar que a Casa comandada por Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ficará de fora do debate defendido por ele. “Eu e o presidente Pacheco temos uma excelente relação. Fomos companheiros deputados eu fui o presidente da CCJ quando ele chegou na Câmara. Tivemos o melhor relacionamento e ainda temos. Eu penso que as Casas têm que conversar e elas conversam. Essas versões não ajudam ao País. Essas especulações não promovem nenhum tipo de benefício”, disse, sobre a ideia de que o Senado não avançará com a reforma, caso o texto seja aprovado pela Câmara.

E acrescentou: “A gente tem que respeitar determinado processo legislativo que inicia-se no Senado, vem para a Câmara, e se ele for modificado, o Senado dá uma palavra e vice-versa.”

Lira, no entanto, admitiu as posições divergentes sobre o tema. “As Casas têm posições independentes. O presidente Pacheco defende, talvez como alguns deputados defendam, a tributação menor de dividendos. O problema são as contas”, disse, em seminário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera.

E completou: “A gente só pede e espera que essa articulação seja imbuída sempre do que é melhor para o País”, afirmou Lira. “Eu não acredito que o Senado fique sem participar da votação de um tema importante como esse processo.”