O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), interrompeu de forma abrupta a sessão que votava mudanças no texto da medida provisória 1.045, que trata de questões trabalhistas, para anunciar a retomada da votação da reforma eleitoral.

“Em reunião majoritária dos lideres da base, os parlamentares pediram para que fosse votada imediatamente em plenário a proposta de reforma eleitoral”, anunciou Lira.

O comunicado gerou insatisfação de parlamentares da oposição, que exclamaram manifestações como “inacreditável” e “imprevisibilidade total”. O PT entrou em obstrução.

A sessão que tratava da MP 1.045 foi encerrada e uma nova foi iniciada. Até agora, o texto da medida está sendo mantido conforme o parecer do relator, deputado Christino Áureo (PP-RJ).

A última versão do texto da reforma política, aprovada na comissão especial na terça-feira, 10, não define o modelo que será adotado nas eleições futuras. O relatório da deputada Renata Abreu (Podemos-SP) permite que os parlamentares votem tanto pelo distritão como pela volta das coligações partidárias em plenário. Assim, caberá ao plenário decidir se mantém o distritão ou se retoma o modelo atual, com ou sem coligações, a partir de 2026.