São Paulo, 31 – A companhia de alimentos Kellogg reportou lucro líquido de US$ 383 milhões (US$ 1,10 por ação) no terceiro trimestre de 2018, encerrado em 29 de setembro, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira, 31. O resultado representa alta de 33% em relação aos US$ 288 milhões (US$ 0,83 por ação) registrados em igual período do ano passado. A receita líquida subiu 6,87% na variação anual, para US$ 3,469 bilhões.

O Ebit (lucro antes de impostos) aumentou 17,6%, de US$ 386 milhões para US$ 454 milhões, na comparação anual de igual intervalo.

No comunicado, a companhia destacou as mudanças estratégicas feitas no portfólio.

“No terceiro trimestre, impulsionamos o investimento nas nossas marcas, na capacidade e novos formatos de embalagens. Este investimento, junto com nossa expansão e aceleração nos mercados internacionais, nos retornou crescimento de top line este ano”, disse o CEO, Steve Cahillane. A Kellogg reiterou que, apesar do impacto de curto prazo no lucro, vai continuar fazendo investimentos no portfólio no quarto trimestre.

Com o resultado do terceiro trimestre, a companhia registra lucro líquido de US$ 1,426 bilhão (US$ 4,10 por ação) no acumulado dos nove primeiros meses de 2018, aumento de 70,4% ante os US$ 837 milhões (US$ 2,40 por ação) registrados no intervalo de janeiro a setembro de 2017. A receita de vendas aumentou 5,8%, de US$ 9,6 para US$ 10,2 bilhões.

Na divisão da América Latina, a companhia registrou um incremento na receita líquida, apesar da conversão cambial desfavorável. “Esse desempenho foi impulsionado pelo crescimento sustentado no México, tanto em cereais e lanches, e forte crescimento no Mercosul, liderado pelos biscoitos Parati no Brasil”, explicou a companhia.

A Kellogg atualizou o guidance para 2018. Para o consolidado deste ano, a empresa espera que a receita anual aumente 5%, excluindo efeitos cambiais. Na projeção anterior, a expectativa de crescimento era de 4% a 5%. No entanto, o lucro por ação deve avançar entre 7% a 8%, numa redução da perspectiva anterior de 11% para 13%. A revisão é impulsionada pela redução na previsão de lucro operacional ajustado para crescimento praticamente estável.

A companhia disse ainda que o crescimento do lucro no quarto trimestre será contido. Após a teleconferência com investidores, as ações da Kellogg caíram 5,5% com o declínio de vendas em várias unidades de negócios nos Estados Unidos.