O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que partidos de esquerda cheguem a acordo para lançamento de candidatura única ao governo do Rio Grande do Sul. Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, o grupo que apoia a pré-candidatura do petista à Presidência está sem nome para lançar ao Senado, após a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) avisar que não disputará vaga no Legislativo neste ano. Todas as tentativas de unir PT e PSB no Estado para formar um palanque único fracassaram até o momento.

“Não custa nada sentar mais uma vez na mesa. não custa nada tentar e conversar um pouco mais e dar de presente ao povo a unidade dos setores que querem derrotar o Bolsonaro e o governo do Rio Grande do Sul”, disse o ex-presidente durante evento em Porto Alegre nesta quarta-feira, dia 1º. Lula foi ao Estado para agendas de pré-campanha.

“Juntos, temos muito mais chance, somos mais fortes. Acho normal que cada partido queira ter um candidato a governador, a presidente, a senador. Eu penso que os partidos de esquerda, possivelmente todos separados, não tenham fôlego para encontrar um candidato a senador, a governador e a vice”, avaliou Lula.

A divisão na esquerda gaúcha pode ser vista no fato de que o PSB, partido do pré-candidato a vice Geraldo Alckmin, decidiu não comparecer ao ato político sobre soberania brasileira organizado pela militância lulista.

Sem acordo por candidatura única, o PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto ao governo do RS. Ele deve enfrentar nas urnas o ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e o vereador Pedro Ruas (PSOL). Na esquerda, além de PCdoB e PV, que formam federação partidária com o PT, nenhuma outra legenda fechou apoio aos petistas no primeiro turno da eleição para o Palácio Piratini. O PSB, por outro lado, tem se aproximado do PDT do presidenciável Ciro Gomes e pode dar palanque a ele no Estado.