A maioria das bolsas da Europa fechou em queda nesta terça-feira, 28, em um dia marcado pela aversão ao risco nos mercados financeiros globais, em meio aos temores de que uma segunda onda de casos de coronavírus pode estar surgindo no continente.

Mesmo assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 conseguiu encerrar em alta de 0,42%, a 367,68 pontos pontos.

O índice FTSE 100, referência na bolsa de Londres, terminou o pregão com alta de alta de 0,40%, a 6.129,26 pontos. Os ganhos foram possibilitados pela expectativa de que o governo britânico implemente novas medidas de estímulos à economia.

O jornal Financial Times informou que a administração do primeiro-ministro Boris Johnson estuda estender um programa de empréstimos para a compra de imóveis.

Em Madri, o Ibex 35 também contrariou o tom pessimista ao redor do mundo e avançou 1,06%, a 7.246,40 pontos. Por lá, um processo de correção imperou nos negócios, um dia após o índice ter queda superior a 1%, com anúncio do Reino Unido de que passará a impor quarentena de 14 de dias de viajantes vindos da Espanha.

O bloqueio acontece enquanto os espanhóis observam preocupante tendência ascendente na curva epidemiológica da covid-19. Entre ontem e hoje, o país registrou 6,3 mil diagnósticos da doença, maior avanço diário desde 4 de abril, quando o momento mais crítico da epidemia começava a arrefecer.

Londres informou hoje que poderá tomar a mesma medida em relação à França e à Alemanha, que também têm enfrentado alta no volume de registros.

Nesse cenário, o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,03%, a 12.835,28, enquanto o CAC 40, de Paris, cedeu 0,22%, a 4.928,94 pontos.

No mercado francês, a ação da Air France caiu 0,77%, com incertezas sobre a retomada do turismo.

Em Milão, o FTSE MIB perdeu 0,59%, 19.902,63 pontos.

Já em Lisboa, o PSI 20 teve baixa de 1,01%, a 4.407,40 pontos.