Cerca de oito quarteirões da Avenida Paulista, em São Paulo, estão ocupados pelos manifestantes que protestam neste sábado, 2, pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Há aglomeração em ao menos cinco deles; o público se concentra principalmente em frente ao Masp. Nas extremidades da avenida, o fluxo maior é de pessoas – incluindo idosos e famílias – que chegam ao ato.

Apesar de a queda do chefe do Executivo ser a pauta principal, ao longo da avenida é possível perceber a existência de vários atos em um só.

Há pelo menos um caminhão de som em cada uma das quadras ocupadas. Os veículos comandam as “pautas locais”, que vão desde a defesa da floresta amazônica e dos povos originários da América Latina, passando por protestos contra a operadora de saúde Prevent Senior – que está na mira da CPI da Covid, do Ministério Público de São Paulo e da Câmara de Vereadores Paulistana -, até atos em defesa dos serviços públicos e contra a fome e a inflação no País.

Manifestantes com mochila que chegam à avenida passam por revista de policiais militares presentes na altura da Rua Pamplona. Aqueles que chegam ao ato pela Consolação não são abordados pelos policiais, que se concentram na intersecção entre as duas avenidas.