A Marfrig Global Foods encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,171 bilhão, alta de 4.252% em relação ao lucro de R$ 27 milhões de um ano antes, informou a companhia no início da noite desta segunda-feira (8). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado teve avanço anual de 30,3%, para R$ 2,108 bilhões, ante R$ 1,618 bilhão em igual período do ano anterior. A receita líquida aumentou 28,5% nos últimos três meses do ano, de R$ 14,218 bilhões nos últimos três meses de 2019 para R$ 18,266 bilhões em 2020.

De acordo com a empresa, o fluxo de caixa livre operacional ficou em R$ 1,5 bilhão, 165% a mais do que o verificado no quarto trimestre de 2019. Já a dívida líquida caiu de US$ 3,301 bilhões para US$ 2,897 bilhões no período. Dessa forma, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, passou de 2,74 vezes no quarto trimestre de 2019 para 1,60 vez.

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Com o resultado, o Conselho de Administração da Marfrig decidiu propor em Assembleia Geral Ordinária, agendada para 8 de abril, o pagamento de R$ 141 milhões em dividendos. O valor é equivalente a 50% do lucro líquido distribuível aos acionistas, ou R$ 0,20 por ação.

A companhia atribuiu o resultado à retomada das atividades das indústrias frigoríficas nos Estados Unidos, onde as fábricas da Marfrig já atuam com 100% da sua taxa de utilização; ao crescimento das exportações na América do Sul; à melhora dos preços da carne no Brasil e à desvalorização cambial.

No Brasil, os executivos ressaltam que a empresa enfrenta o desafio de lidar com um mercado doméstico enfraquecido, sem capacidade de absorver o repasse dos custos motivado pela disparada na arroba do boi. Nesse sentido, a Marfrig optou por destinar mais produtos para exportação e aumentar o mix produtivo de industrializados.