São Paulo, 23 – O Estado de Mato Grosso viu uma boa conjuntura no setor de carne bovina em 2020, com aumento de produção, valorização da arroba e maiores exportações, avaliou, em nota, o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Caio Penido. Ele destacou também a sustentabilidade como mote da produção no Estado e afirmou que o futuro “trará uma cadeia ainda mais sustentável”.

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Segundo a entidade, mesmo com um ano desafiador por causa da pandemia de covid-19, e com base em dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no acumulado do ano até novembro, o Estado embarcou ao exterior 452,66 mil toneladas de equivalente carcaça (TEC), 6% a mais do que no passado. O crescimento dos embarques foi impulsionado por mercados como China e Hong Kong, responsáveis por 56% do total de carne bovina que saiu de Mato Grosso. “Atendemos em quantidade e qualidade a demanda chinesa, aumentando em 60,4% o volume do ano passado, e em 67,8% a receita com as exportações”, afirmou, na mesma nota, o diretor de Operações do Imac, Bruno de Jesus Andrade.

Em relação aos outros Estados brasileiros, Mato Grosso contribuiu com 22% do volume total de carne bovina exportado pelo País, tendo liderado também a produção de carne no ano, que somou 644,78 mil toneladas, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e citado pelo Imac.

O aumento na produção foi possível por causa da maior disponibilidade de animais neste ano, que em maio eram de 30,98 milhões de cabeças, alta de 1,46% na comparação anual. Além disso, até novembro, a terminação de animais com até 24 meses de idade cresceu 26,3% ante 2019 e a média estadual do peso da carcaça foi de 18,3 arrobas em junho de 2020, superando o patamar nacional de 17,3 arrobas por carcaça, ressalta o Imac, apontando dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).

“A sustentabilidade da produção pecuária de Mato Grosso é visível, seja pela redução da idade de abate dos animais, pelas técnicas de produção mais intensivas ou pelo maior aproveitamento das áreas de pastagens no Estado”, diz a entidade. “Quando projetamos o futuro da atividade, a perspectiva é de aumento na eficiência com ganhos ambientais, pois estamos conseguindo produzir mais carne em menos tempo e com menor impacto ambiental a cada quilo de carcaça produzida”, acrescenta Penido.