O agronegócio brasileiro atingiu um resultado bem melhor do que vários outros setores em meio à pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. O setor registrou estabilidade nas exportações no primeiro trimestre sobre os três primeiros meses de 2019. Esses embarques somaram US$ 21,4 bilhões.

Segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos dados da balança comercial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a China, onde foram registrados os primeiros casos do coronavírus, foi o principal destino dessas mercadorias.

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As exportações para o país asiático somaram US$ 7,2 bilhões, o equivalente a 34% do total comercializado pelo Brasil. Soja, proteínas e algodão bruto foram os destaques nas vendas entre janeiro e o fim de março, representando 44% dos embarques.

União Europeia e Estados Unidos foram o segundo e o terceiro maiores compradores no Brasil nos primeiros três meses do ano.

No total exportado pelo agronegócio brasileiro, a oleaginosa totalizou, em receita, US$ 6,2 bilhões, alta de 9,4%. As vendas de carne bovina cresceram 29,9%, chegando a US$ 1,6 bilhão, enquanto a carne de frango teve faturamento de US$ 1,5 bilhão, elevação de 7%.

No caso do algodão bruto, aponta a CNA, houve alta demanda pela Ásia, sendo a China detentora do maior aumento nas compras do produto com variação positiva de 119,1%.

O milho e as frutas tiveram queda de, respectivamente, 51% e 9%.