O dólar encerrou esta quarta-feira em leve queda ante rivais, com todos os olhos do mundo voltados para posse do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A moeda norte-americana até começou a sessão fortalecida, mas virou para o negativo ao longo do dia, precificando a nova injeção de estímulos fiscais para impulsionar a economia local, tão prometida pelo democrata.

Perto do fim da tarde em Nova York, o dólar cedia a 103,55 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,2102 e a libra esterlina avançava a US$ 1,3650, a maior cotação em oito meses.

De acordo com Financial Times, investidores migraram para a divisa britânica esperançosos pela recuperação da economia local.

O dólar ainda cedia a 1,5308 dólares canadenses na marcação acima, neste dia em que o Banco Central do Canadá (BoC, na sigla em inglês) manteve a taxa básica de juros do país em 0,25% ao ano. Já o índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante seis pares, terminou o dia em queda de 0,03%, a 90,475 pontos.

Investidores passaram o dia acompanhando a posse de Biden na Casa Branca. Em seu primeiro discurso, o novo presidente americano pediu união nacional e alertou que o país deve entrar, agora, na pior fase da pandemia de covid-19, reforçando sinais de que sua gestão terá pulso firme no combate à doença e suas consequências econômicas.

A expectativa é que o novo líder dos Estados Unidos assine hoje sua ordem executiva encaminhando ao Congresso o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, anunciado por ele na semana passada. A ampliação da liquidez em dólar tende a pesar na cotação da divisa.