O dólar operou sem sinal único nesta segunda-feira frente às principais rivais, com a libra se desvalorizando em meio à reimposição de medidas de restrição na Inglaterra, e o euro se fortalecendo após dados positivos dentro de sua zona de circulação. O noticiário sobre a covid-19 teve interpretações distintas, com algum pessimismo pela recuperação global diante do aumento de casos e de mortes, mas por outro lado o avanço da vacinação contra a doença.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 103,18 ienes, o euro subia a US$ 1,2247 e a libra recuava a US$ 1,3557. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de divisas fortes, registrou baixa de 0,11%, a 89,869 pontos.

A moeda americana se recuperou durante a sessão, e chegou a ter o DXY operando abaixo dos 89,500. A expectativa da recuperação da economia mundial com base nos desenvolvimentos da vacina estimulou a busca por riscos em parte do dia, mas a tendência foi revertida, e o dólar fechou mais perto da estabilidade. Ao mesmo tempo em que há notícias positivas, como o começo da aplicação do imunizante da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca no Reino Unido, o mundo vê aumentos no números de casos de covid-19 em diversos país e um consequente aumento de restrições de mobilidade.

A libra se desvalorizou com a reimposição de medidas restritivas “superando o otimismo sobre a saída ordenada do Reino Unido da União Europeia”, avalia a Western Union. A expectativa depois confirmada de um novo lockdown na Inglaterra fez a libra cair ante ao dólar durante quase toda a sessão. Com isso, o anúncio feito pelo primeiro-ministro Boris Johnson no final da tarde não teve grande impacto na moeda.

Do outro lado do Canal da Mancha, o euro manteve a tendência de 2020, quando teve uma valorização de dois dígitos frente ao dólar, subindo 10 centavos, ou 9%, atingindo o seu maior valor desde abril de 2018, aponta a Western Union. A moeda comum foi impulsionada hoje pela divulgação dos índices gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais acima do esperado para a Alemanha e sua zona de circulação.

Em dia de baixa no preço do barril de petróleo, algumas moedas de países que dependem especialmente da exportações do hidrocarboneto sofreram desvalorização. Dentre elas, o rublo russo e o peso mexicano recuavam no final da tarde.