O dólar fechou a sexta-feira em alta, neste dia de aversão a risco nos mercados internacionais com a disseminação da covid-19 e as dificuldades de imunização em todo o planeta. Além disso, a fraqueza de indicadores econômicos no Reino Unido levou a libra esterlina às mínimas, dando força adicional à moeda americana. A alta, contudo, foi contida pela valorização do euro.

Perto do horário do fechamento dos negócios em Nova York, o dólar subia a 103,81 ienes, o euro avançava a US$ 1,2172, enquanto a libra caía a US$ 1,3684. Já o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou o dia em alta de 0,11%, a 90,238 pontos.

Após dias de euforia com a posse do novo presidente americano, Joe Biden, o mercado voltou a focar nos riscos à recuperação econômica. Países como China e Alemanha têm registrado crescimento significado no número de casos de covid-19 e ampliado restrições, o que deve pesar no processo de retomada das atividades previsto para 2021.

Investidores já começam a mostrar desconforto, ainda, com as dificuldades na imunização global contra o novo coronavírus, considerada a chave para superação da pandemia. A Pfizer já informou que talvez não consiga entregar à União Europeia todas as doses contratadas pelo bloco.

A fraqueza da libra ante o dólar foi outro fator que impulsionou o DXY. A depreciação veio após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Reino Unido, elaborado pela IHS Markit, mostrar números bem inferiores às previsões dos analistas, com um quadro especialmente fraco no setor de serviços, mas piora também na indústria. O dado de vendas no varejo também decepcionou.