O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta segunda-feira, com o iene também se valorizando, em quadro de busca por segurança também no mercado cambial. A perspectiva de um conflito na Ucrânia, que exacerba tensões entre Rússia e Estados Unidos, esteve no radar, bem como a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, e indicadores de atividade divulgados nesta segunda-feira.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 113,92 ienes, o euro recuava a US$ 1,1323 e a libra tinha baixa a US$ 1,3492. O DXY fechou em alta de 0,29%, em 95,918 pontos.

O DXY já subia no início do dia, no início de semana de Fed. A expectativa é que a política monetária seja mantida, mas analistas acreditam que o BC americano pode sinalizar alta de juros para a reunião de março.

Já o euro reduziu perdas após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da Alemanha, que superou as expectativas. Já os PMIs da zona do euro e do Reino Unido vieram abaixo do esperado por analistas.

O Brown Brothers Harriman afirmou que o dólar era demandado no quadro predominante hoje de recuo das bolsas e dos juros dos Treasuries. As tensões em relação à Ucrânia também chamaram a atenção.

O Pentágono deixava tropas de prontidão e autoridades americanas ressaltavam o risco de uma intervenção russa em solo ucraniano, o que poderia gerar uma resposta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), além de sanções.

A Western Union via os mercados “em alerta para um potencial ataque russo à Ucrânia”. Segundo ela, isso apoiava o dólar e também o iene hoje. Já a High Frequency Economics observa a política monetária e diz que uma postura “menos acomodatícia” do Fed tende a apoiar o dólar.