A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que as negociações pela aprovação dos investimentos em infraestrutura nos Estados Unidos seguem, e que “todos lados devem ter que ceder um pouco”. Nesta quinta-feira, termina o prazo que legisladores determinaram para a votação dos pacotes no Congresso, e a representante apontou, em coletiva de imprensa, que houve progressos no tema nos últimas dias, e que ainda acredita em uma aprovação.

Segundo Psaki, a questão é uma prioridade para o presidente dos EUA, Joe Biden, que vem se engajando em conversas com legisladores, como o senador democrata moderado Joe Manchin, um crítico dos valores envolvidos nos pacotes.

Sobre uma das questões levantadas por Manchin, o risco inflacionário, a porta-voz afirmou que, no longo prazo, ele será combatido com os projetos, e que “se você está preocupado com inflação, deve apoiar os pacotes”.

Questionada sobre a razão de os legisladores terem imposto um prazo para a votação dos pacotes, a porta-voz afirmou que, no Congresso, os cronogramas ajudam na realização de progressos. Psaki não se alongou sobre a possibilidade dos projetos não serem aprovados nesta quinta, mas disse que a “boa notícia é de que a maioria dos democratas concorda que precisamos fazer algo”. Segundo ela, cada hora é decisiva, e o tema segue em aberto.

Sobre o teto da dívida, a porta-voz fez duras críticas à oposição, e disse que os “republicanos estão fazendo jogo político com uma catástrofe econômica”.

Para ela, a credibilidade dos Estados Unidos está em jogo em caso de um potencial default, e a suspensão do teto da dívida é prioridade. “Teríamos conseguido caso os republicanos não tivessem bloqueado algo que já ocorreu 80 vezes”, afirmou sobre ocasiões anteriores, quando lembrou de apoio bipartidário.

Já sobre a votação no Congresso nesta quinta que se encaminha para impedir um “shutdown“, Psaki disse que isso deve “manter o governo funcionando”.

Perguntada sobre a alta nos preços do petróleo, ela afirmou que o tema continua a ser uma preocupação. Além disso, apontou que o governo teve contato com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para tratar da questão.