O e-commerce no Brasil registrou recorde de crescimento no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento subiu 47%, maior alta em 20 anos, impulsionado pelo salto de 39% no número de pedidos, que chegou a 90,8 milhões. Já as vendas aumentaram 47%, para R$ 38,8 bilhões. Os dados são da 42ª edição do Webshoppers, relatório sobre e-commerce elaborado pela Ebit Nielsen, em parceria com a Elo.

Ao todo, 7,3 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez na internet. Houve expansão de 40% no número de usuários. Assim, o Brasil chegou à marca de 41 milhões de adeptos ao comércio eletrônico. Entre os consumidores, 58% são os chamados heavy users, que fazem mais de quatro compras no semestre. Destes, 20% realizaram mais de dez pedidos nesse intervalo. Nos mesmos meses de 2019, os compradores frequentes representavam 53%.

O pico das compras online ocorreu no auge das restrições de circulação nas cidades brasileiras para a contenção da covid-19, entre os dias 05 de abril e 28 de junho. Nesse recorte de tempo, houve 70% de aumento no faturamento.

Os varejistas de marketplaces tiveram participação de 78% no faturamento total do e-commerce. De acordo com a Ebit Nielsen, R$ 30 bilhões do faturamento dos seis primeiros meses de 2020 são desses ambientes online, uma expansão de 56% sobre o mesmo período de 2019.

Apesar do Sudeste e do Sul ainda continuarem como os principais mercados para as vendas online no Brasil, as regiões Norte e Nordeste apresentaram um crescimento significativo no primeiro semestre. O Nordeste teve uma variação de faturamento de 107% no comparativo com o mesmo período de 2019, 18% de importância nos números totais do país. Já a região Norte, apresentou alta de 93% nas vendas online, 7% de participação no total de vendas do País.