No primeiro dia de reabertura do comércio de rua na cidade do Rio de Janeiro, agentes da Prefeitura fecharam 19 estabelecimentos, como resultado de uma operação de fiscalização das secretarias municipais de Ordem Pública (Seop) e de Fazenda.

Após três meses de restrições em função do combate à pandemia do novo coronavírus, o comércio de rua voltou a abrir as portas neste sábado, das 11h às 17h, sob autorização do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). O plano de flexibilização das ações de combate à covid-19 no município previa a liberação de funcionamento do comércio de rua apenas em 2 de julho, mas a medida foi antecipada por Crivella. Os salões de beleza de rua também foram liberados para funcionar no mesmo intervalo de horário dos estabelecimentos comerciais.

Segundo a Prefeitura, foram fiscalizados neste sábado 744 estabelecimentos e ambulantes nos bairros de Santa Cruz, Bangu, Campo Grande, Jacarepaguá e Barra da Tijuca, todos na zona oeste da cidade, que concentra mais de 50% das denúncias recebidas pelo serviço Disk Aglomeração. A fiscalização observou o cumprimento das restrições de horário e do limite da capacidade de atendimento das lojas de rua, salões de beleza e barbearias.

Na ação conjunta, a Guarda Municipal aplicou 15 multas por infrações sanitárias, como falta do uso de máscara e aglomeração. Durante o percurso, os agentes encontraram 256 estabelecimentos fechados. Outros 426 comerciantes foram orientados sobre as novas regras de funcionamento, como o horário de funcionamento restrito e outras medidas de precaução para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Quanto ao comércio ambulante, 62 vendedores foram fiscalizados, sendo que dois acabaram multados e outro foi notificado por irregularidades. Os agentes encontraram 23 ambulantes não autorizados que foram obrigados a desocupar o espaço público.

Um botijão de gás foi apreendido, e três placas de publicidade foram descartadas. Ao todo, foram recolhidas 2,3 toneladas de lixo das ruas. A força-tarefa coordenada pela Seop recebeu apoio também da Comlurb e da Polícia Militar.

Nessa nova fase de flexibilização do isolamento social no Rio, as lojas devem funcionar com metade da capacidade de lotação e as portas abertas para ventilação do ambiente. Funcionários e clientes precisam manter distanciamento entre si, e o banheiro deve oferecer material para que o cliente lave as mãos. Já os salões de beleza podem receber, no máximo, um terço de sua capacidade total, sem fila de espera, apenas com agendamento prévio. Não é permitido que sirvam comida ou bebida.

Segundo a Prefeitura, as ações de fiscalização na cidade desde o início das medidas de contenção da pandemia da covid-19 já resultaram em 33.518 estabelecimentos visitados e 24.977 pontos comerciais fechados. As equipes do Disk Aglomeração (com chamadas telefônicas para o 1746) já atenderam 10.124 ocorrências desde o dia 31 de março. Os dez bairros mais demandados pelo serviço foram Campo Grande, Realengo, Bangu, Santa Cruz, Barra da Tijuca, Taquara, Tijuca, Centro, Copacabana e Recreio dos Bandeirantes.