O ano de 2017 não foi fácil para o setor de proteína animal. Uma sucessão de episódios, que se iniciaram com a Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal no setor de fiscalização de unidades frigoríficas, gerou muita instabilidade. O mercado internacional, que imediatamente reagiu e pressionou o Brasil por medidas de segurança, fez surgir uma grave crise de confiança e colocou em xeque a credibilidade da carne de bovinos, suínos e aves processadas no País. Mas a Carne Fraca e seus desdobramentos funcionaram como um freio de arrumação. Foi a partir desse episódio que o setor passou a aprimorar e fortalecer os processos sanitários na cadeia produtiva de proteína animal, um processo que ainda não terminou e que necessita de ajustes contínuos de governança sanitária. Não por acaso, o ano de 2019 reserva tarefas urgentes a ser realizadas, como um maior acesso a mercados no front externo e a consolidação de mudanças estruturais nos serviços de fiscalização e controle sanitário na produção de proteína animal por meio de marcos regulatórios, reformas e modernização dos serviços. Mesmo assim, o setor de proteína animal exportou mais em 2017. Foram US$ 6,2 bilhões de carne bovina, US$ 7,2 bilhões de carne de frango e US$ 1,5 bilhão de carne suína. O crescimento da receita em relação ao ciclo anterior foi de 13% para a carne bovina. Já para as carnes de frango e suíno, os aumentos de receita foram de 5,7% e 8,6%, respectivamente.

A revista DINHEIRO RURAL foi em busca dos produtores e dos empreendedores que souberam driblar a crise e realizar um trabalho de peso em suas áreas de atuação. E pela primeira vez, além de premiar o segmento de bovinos de corte e de leite, os DESTAQUES DA PECUÁRIA premia os produtores de aves e de suínos. Para chegar aos indicados que responderam aos questionamentos por meio de uma metodologia própria, o levantamento contou com a ajuda de 47 instituições e empresas.Além delas, houve o relevante suporte do Instituto Inttegra de Métricas Agropecuárias, uma assessoria especializada em métricas gerenciais do setor.

Depois de 5 meses de trabalhos que envolveram consultas, pesquisas, entrevistas e consolidação de dados, a DINHEIRO RURAL chegou aos nomes dos premiados. Apenas a categoria Leilões, que neste ano premia Lourenço Miguel Campo, diretor da Central Leilões, em Araçatuba (SP), é uma escolha editorial.