Palco do Réveillon mais tradicional do Brasil, a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, tinha bastante movimento, mas muito menor do que em um Réveillon normal, às 17h45 desta sexta-feira, 31. Por conta da pandemia de covid-19, não haverá shows musicais na praia – apenas a queima de fogos, que vai começar à 0h do dia 1 de janeiro e durar 16 minutos. Durante toda a tarde, uma chuva de intensidade variada atingiu o bairro – às 17h45 ela era muito leve, mas já tinha sido intensa.

A chuva e a redução do espetáculo não afugentaram os turistas. “Estamos acostumados com essa garoa, ué, viemos de São Paulo”, disse a assessora contábil Rachel Oliveira, de 28 anos, que saiu da capital paulista para passar o Réveillon no Rio com três amigas e se instalou na areia de Copacabana às 17h. “É minha primeira viagem desde o início da pandemia (em março de 2020), não aguentava mais ficar em casa. Pode chover à vontade, nada vai me incomodar”, disse.

Nas ruas próximas do mar era possível comprar palmas por R$ 3 (ou três por R$ 10) e rosas por R$ 5 – uma das tradições do Réveillon é o lançamento de flores ao mar. Mas no final da tarde havia nas ruas de Copacabana mais vendedores de guarda-chuva e capas de chuva do que de flores ou bebidas. Uma capa custava de R$ 5 a R$ 15, e um guarda-chuva variava de R$ 10 a R$ 30. “Depende da cara do turista, né?”, afirmou um vendedor, admitindo que cobra mais de turistas estrangeiros.

O trânsito na avenida Atlântica está interditado desde as 15h. Às 19h o trânsito será interditado em todo o bairro, e só poderão entrar em Copacabana ônibus e carros particulares ou táxis com passageiros que comprovem trabalho, residência ou hospedagem no bairro. O metrô deixará de funcionar às 20h. A partir das 22h, nem ônibus poderá circular por Copacabana.

As balsas com os fogos de artifício que serão acionados à meia-noite estão posicionadas no mar.