A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) promoveu a 11ª edição do ABQM Awards, na capital paulista, no final de fevereiro. Para a entidade, a festa é o Oscar da raça, apresentando os destaques entre criadores, atletas e animais mais pontuados no ranking do ano passado. O médico Márcio Matheus Tolentino, do haras ST, em Bauru (SP), recebeu pela décima vez o prêmio de melhor criador. O casal Rose Mary e Sedirley Rugolo, do haras Raphaela, em Tietê (SP), foi o destaque na categoria Proprietários. A entidade homenageou mais quatro personalidades da criação e quatro exemplares de cavalos da raça no 8º Hall da Fama. Desde que foi criado, em 2010, o Hall reúne 56 homenageados.

Receita milionária

A movimentação financeira da raça crioulo fechou o ano de 2017 com R$ 131,8 milhões com a venda de animais, 41% a mais ante o resultado de 2016. O levantamento foi divulgado em meados de fevereiro pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), com sede em Pelotas (RS). Grande parte desse volume foi de vendas particulares de animais, que totalizaram R$ 78,3 milhões. A comercialização em leilões foi de R$ 53,5 milhões. O resultado é o reflexo do trabalho de expansão e do crescimento do uso da raça em esportes equestres. “Animais e eventos de qualidade foram apresentados em disputas no centro do País”, diz Eduardo Suñe, presidente da ABCCC. O rebanho crioulo tem cerca de 500 mil animais registrados no País.

Marcha do crescimento

A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador comemora o crescimento de associados no País. No ano passado, a entidade contabilizou 15 mil criadores associados, 19% a mais ante 2016. Desde 2015, a alta é de 31,6%. O levantamento foi divulgado no início de fevereiro. Atualmente o mangalarga marchador é a raça com o maior rebanho de equinos registrado no País. São cerca de 600 mil cavalos da raça, segundo o Ministério da Agricultura.

Brasil é prata nos Estados Unidos

Leandro Vieira

O time brasileiro de salto conquistou a medalha de prata na Copa das Nações, organizada pela Federação Internacional de Esportes Equestres. A competição foi na cidade de Ocala, no Estado da Flórida, nos Estados Unidos. Os atletas Rodrigo Lambre, Yuri Mansur, Felipe Amaral e Fabio Leivas foram os medalhistas. Eles montaram respectivamente Coleman, Inferno, Premiere Carthoes BZ e Fox Trot VD Padenborre. A equipe superou o time americano que acabou em terceiro lugar. Os campeões foram os canadenses. Além da medalha, o time brasileiro recebeu uma premiação de US$ 450 mil.

Cânter

Divulgação/ABCCMM

Há poucos meses no comando da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), o criador capixaba Edilson Siqueira Varejão Júnior, 32 anos, traça os planos para o desenvolvimento da raça no País. A ideia é dar continuação ao fomento esportivo, pois é a partir dele que a entidade vai se destacar em número de rebanho, criadores associados e faturamento.

Por que o esporte alavanca os números da ABQM?
Alavanca porque é a partir dele que se cria a demanda por animais. Mais atletas precisarão de mais animais. Isso requer mais gente criando a raça e aumentando o número de rebanho e do faturamento.

Quais os números da associação?
Em 2017, o rebanho de animais registrados foi de 542,7 mil cavalos, 32,5 mil associados e uma movimentação financeira de R$ 1,1 bilhão.

Quais são os planos para aumentar esses números este ano?
O plano é investir nos torneios e campeonatos. Hoje a entidade influencia 21 modalidades diferentes de esportes. É o que faz a raça ser tão versátil.

Como está a demanda pelo quarto de milha?
Está bastante aquecida. Cada vez mais esportistas estão competindo, em esportes como as provas de três tambores, de laço e a própria vaquejada.