A importância do agronegócio brasileiro é histórica para o País. Mesmo em tempos de crise, como a que vivemos agora, é um dos segmentos com maior impacto na movimentação da economia e na geração de oportunidades de crescimento. Hoje, após um ano atípico e a chegada de um 2021 repleto de incertezas, todos estão procurando por alternativas para aprimorar as atividades e preservar resultados satisfatórios. Certamente, a agropecuária também deve centralizar suas ações sob esse mesmo objetivo, e a tecnologia é uma grande facilitadora para amplificar os ganhos de produtividade.

Eduardo Nistal, CEO da Toccato, multinacional de software de análise de dados Qlik (Crédito:Divulgação)

Agregar valor às cadeias produtivas inseridas nesse contexto é um diferencial competitivo. Um exemplo é a automação, capaz de elevar o nível de eficiência operacional de empresas do agronegócio. Nesse cenário, abordar o uso analítico dos dados disponíveis, por meio do Business Intelligence (BI), é uma movimentação bem-vinda e que justifica, na prática, a urgência pelo investimento em soluções tecnológicas.

Ao implementar uma ferramenta de BI, o produtor tomará decisões rápidas e com maior precisão em todo processo produtivo – desde o planejamento das atividades e recursos agrícolas, passando pela análise efetiva da manutenção e controle da frota, programação para o preparo, plantio e manejo. Tudo conectado com indicadores climáticos e finalizando com informações preditivas de colheita.

Para compreender a urgência do tema, devemos nos apoiar em uma visão macro sobre o papel do agronegócio para 2021. Em um balanço apresentado no final do ano passado, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou dados importantes em relação às perspectivas econômicas do setor. Na avaliação da entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deverá crescer 3% em 2021, enquanto o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deve ter alta de 4,2%.

Ainda assim, a busca por ferramentas que acompanhem a necessidade por cada vez mais produtividade é incessante. Dentro de um contexto de instabilidade econômica geral, cuja ocorrência de adversidades está além do controle empresarial, o imediatismo é ainda maior. Por isso, o investimento em tecnologia não pode ser classificado como secundário e muito menos desnecessário.

A transformação digital é um fenômeno que se funde à procura por inovação empresarial. Com a automatização de processos, os gestores, bem como suas equipes de profissionais, encontrarão tempo hábil e espaço para realizar funções de alto teor estratégico, deixando tarefas repetitivas a cargo de soluções de automação. Dessa forma, é criado um terreno propício à introdução do Business Intelligence para a interpretação e análise de dados.

Uma empresa com suporte analítico para enxergar a realidade do mercado, tomar decisões mais assertivas e readequar a mão de obra disponível de modo que haja uma valorização robusta dos colaboradores: parece a definição perfeita de uma organização madura digitalmente, e essa possibilidade torna-se tangível com a utilização inteligente das informações.

No fim, as contribuições da tecnologia e do próprio BI vão ao encontro do protagonismo exercido pelo agronegócio no país. Se a tendência é que se priorize a inovação em prol de resultados melhores, apesar de adversidades externas, o componente tecnológico não pode ser ignorado. Trata-se de mais um aditivo para que o crescimento de uma área decisiva ao Brasil seja contínuo, com a excelência do que há de mais vantajoso no mercado.