Por dentro do anuário

O agronegócio brasileiro caminha para ser o maior produtor de alimentos do mundo. Isso porque o País possui terras, água e tecnologia disponíveis para bater recordes de produção muito facilmente. Como ocorreu na safra de grãos 2016/2017, com 238,8 milhões de toneladas tiradas do campo, 28% acima da safra anterior. No ciclo 2017/2018 também está prevista uma produção superior a 200 milhões de toneladas. O produtor planta, mesmo sem garantia de preço, com falta de crédito, enfrentando uma logística ineficiente e um seguro insuficiente. O que tem segurado o produtor rural no campo é a sua resiliência. Não importa o que aconteça, ele planta, colhe, cria gado, aves, suínos, peixes e qualquer outro alimento que esteja na mesa do brasileiro.

Na sua lida, o produtor do campo têm se tornado protagonista de uma revolução. As novas tecnologias para uma agricultura cada vez mais digital, os sistemas de plantio integrados, as certificações e as boas práticas de manejo estão elevando o agronegócio ao estado da arte, a um nível de desenvolvimento jamais visto em sua história. Lógico que o movimento não é uniforme nas propriedades, nas diversas cadeias de produção e em seus elos. Mas ele é irreversível.

O Produto Interno Bruto do Agronegócio, que foi de R$ 1,26 trilhão, em 2016, deverá ser maior neste ano. É crescente, também, a previsão para o Valor Bruto da Produção Agropecuária, dado que mostra as riquezas circulantes nas propriedades. De acordo com o Ministério da Agricultura, ele pode chegar a R$ 533,5 bilhões, 1,6% acima do valor de 2016. O crescimento do setor também é resultado dos valores mais expressivos para algumas commodities de peso na cesta de produtos brasileiros, como a soja, com R$ 116 bilhões; a cana-de-açúcar, com R$ 71,8 bilhões, e milho, com R$ 47 bilhões.

É disso que trata AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL. O prêmio foi criado, em 2013, pela Editora Três para valorizar e prestigiar as empresas do agronegócio e o homem (e a mulher) do campo. AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2017 pretende ser uma referência para os líderes do setor, empreendedores, executivos, banqueiros, representantes de entidades setoriais e ONGs, formuladores de políticas públicas e todos os profissionais ligados direta ou indiretamente ao mundo agro, ao mostrar as melhores práticas de gestão nas várias cadeias produtivas do setor.

Para selecionar as companhias e as cooperativas que mais se destacaram em suas áreas de atividade, a DINHEIRO RURAL criou uma metodologia em conjunto com os renomados consultores Miguel Ângelo Arab, Anderson Martins e José Luiz Tejon Megido, tendo como parceiros o Instituto Universal de Marketing e Agribusiness (I-Uma) e o Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS). Através das regras estabelecidas por essa metodologia, foram avaliadas a sustentabilidade financeira de mais de 500 empresas do setor. A Boa Vista SCPC e a Economática forneceram os dados. Para o prêmio, as análises se basearam em seis aspectos de gestão: financeira, recursos humanos, qualidade, governança corporativa, responsabilidade socioambiental e atuação na cadeia produtiva do agronegócio. As companhias com o melhor desempenho foram separadas em quatro grandes grupos: Agronegócio Direto, Agronegócio Indireto, Cooperativas e Gestão de Cadeia Produtiva. Para que fossem comparadas empresas de mesmo porte, as empresas foram divididas conforme o tamanho: Conglomerados (com receitas a partir de R$ 5 bilhões) e Grandes Empresas (de R$ 500 milhões a R$ 5 bilhões). As campeãs foram, respectivamente, Biosev e Laticínios Bela Vista, em Agronegócio Direto; e Ambev e DSM Tortuga, em Agro Indireto. Entre as Cooperativas, a vencedora do ano foi a Coamo, de Campo Mourão (PR). A Tereos foi a vencedora em Gestão de Cadeia Produtiva. Para concorrer aos prêmios, as empresas e as cooperativas se inscreveram voluntariamente, por meio do preenchimento de um formulário online, disponível no site da revista. A grande campeã do anuário 2017 é a DSM Tortuga, eleita a Empresa do Ano. Confira as reportagens sobre cada uma delas nas próximas páginas.

Para complementar o anuário, a DINHEIRO RURAL identificou as campeãs em 12 setores do agronegócio, baseada na avaliação exclusiva de seus balanços financeiros. A partir da página 104, estão as vencedoras em Açúcar e Bioenergia (Vale do Verdão), Agroquímicos e Fertilizantes (Ihara), Bebidas (Ambev), Café (Três Corações), Frigorífico (Minerva), Grãos (Camil), Laticínios (Bela Vista), Máquinas e Implementos (Grupo Jacto), Moinhos, Massas e Pães (Anaconda), Nutrição Animal (Phibro), Óleos Vegetais (Bunge), Papel e Celulose (Fibria). Por fim, também foram selecionadas as empresas e produtores rurais que fizeram a diferença na pecuária brasileira. Conheça OS DESTAQUES DA PECUÁRIA.