Depois de levar o futebol brasileiro ao primeiro plano do cenário mundial, com três Copas do Mundo conquistadas e 1.283 gols marcados, recorde na história do chamado esporte bretão, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, vai posar de garoto-propaganda do agronegócio do País. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) fechou, em junho, um contrato de três anos com o craque. A primeira campanha publicitária do agronegócio brasileiro com Pelé como protagonista está prevista para estrear no dia 10 deste mês. A ideia, segundo o rei do futebol, que vai receber um cachê de R$ 1,1 milhão por ano, é justamente essa: destacar o agro nacional. “Tenho certeza que vou cumprir com facilidade também esse papel”, disse Pelé à DINHEIRO RURAL.

 

PELÉ AGROPECUÁRIA: o ex-jogador cria gado de raça para corte e suínos na fazenda

 

Essa tarefa, que Pelé diz driblar sem dificuldades, se justifica porque o craque da bola já tem um pé no agribusiness. A Pelé Agropecuária, localizada em Juquiá, na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, opera uma fazenda de 650 hectares. Em sua propriedade rural, Pelé cria bovino para corte das raças nelore e cruzamentos industriais com simental, pardo suíço, angus, blonde e limousin. Pelé construiu, ainda, 16 tanques para piscicultura, com a criação de peixes pacu, dourado, pintado, tilápia e camarão. Na granja de suínos, ele montou um moderno sistema de tratamento de dejetos líquidos através de uma lagoa de decantação e de um biodigestor, onde o subproduto do animal é aproveitado para adubação de pastagens, hortas e pomares, além da produção de gás para aproveitamento de energia limpa. “Os dejetos orgânicos e sólidos vão para uma câmara de compostagem para a produção de adubo orgânico.” No perfil de produtor rural do rei do futebol, também entra o cultivo de eucaliptos. De acordo com Pelé, trata-se de um projeto ainda em fase de implantação. “Vou aumentar a área verde da fazenda”, afirma.