Enxurrada de leite

As importações de leite em pó e UHT realizadas pelo Brasil somaram US$ 21 milhões em janeiro. Esse volume até poderia ser considerado normal no período de entressafra, de maio a agosto, época em que o País adquire, em média, 10 mil toneladas mensais no valor de US$ 30 milhões, mas para o primeiro mês do ano é considerado muito elevado, já que o normal são compras em torno de US$ 100 mil apenas. Em volume, a disparidade assusta ainda mais, pois são 4,7 mil toneladas neste ano contra 17 toneladas em 2013. Segundo Jorge Rubez, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, o Brasil celebrou um acordo com a Argentina e o Uruguai para aquisição de aproximadamente um bilhão de litros de leite por ano, que são cumulativos. Como ambos venderam 40% a menos em dezembro do ano passado, compensaram em janeiro. “Essa enxurrada de leite pode gerar queda nos preços nos próximos meses”, diz Rubez. “O produtor tem que ficar atento para não ser pego de surpresa.”

De ação em ação, a São Martinho chega lá

O grupo paulista São Martinho anunciou um investimento de R$ 7,4 milhões para a compra de 3,9% das ações da usina Santa Cruz Açúcar e Álcool, de Américo Brasiliense (SP). Com isso, o grupo ampliou sua participação para 36,08% no capital da usina. Ao mesmo tempo, a São Martinho investiu outros R$ 7,9 milhões para a compra de 1,76% de participação na empresa de terras Agropecuária Boa Vista, também no interior paulista, ampliando sua participação para 46,99%.

Uva já tem preço mínimo

Após o Conselho Monetário Nacional aprovar, em dezembro de 2013, que a viticultura poderá contar com o apoio do preço mínimo, o Ministério da Agricultura definiu, no mês passado, o valor de R$ 0,63 para o quilo da uva industrial na safra 2013/2014. Essa medida é válida para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O valor será utilizado em operações de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) e em subvenção econômica, na forma de equalização de preços.

VBP deve chegar a R$ 444 bilhões

O Ministério da Agricultura divulgou sua primeira estimativa sobre o Valor Bruto da Produção brasileira em 2014, que deve chegar a R$ 444 bilhões. Isso representa uma alta de 4,4% em relação aos R$ 425 bilhões previstos para 2013 . Segundo o ministério, o VBP das 20 principais lavouras, entre elas o milho e a soja, deverá registrar aumento de 6,9%, chegando a R$ 297 bilhões, enquanto o das cinco cadeias da pecuária deve recuar 0,3%, para R$ 147 bilhões.

Seca gera perdas em Goiás

A seca que afetou o País neste começo de ano deve gerar um prejuízo superior a R$ 1,3 bilhão aos produtores goianos de soja e milho, estima a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). De acordo com a entidade, as perdas reduziram em 1,4 milhão de toneladas a colheita de grãos no Estado, projetada para 17,4 milhões de toneladas, no início do ano. Até o momento, já foi confirmada a quebra de 6% na safra de soja goiana, estimada em 8,4 milhões de toneladas.

Coamo fatura alto

A cooperativa paranaense Coamo registrou, no ano passado, um faturamento de R$ 8,2 bilhões, 14% maior que o obtido no ano anterior. Com isso, serão divididos entre seus associados R$ 520 milhões, valor 15% superior ao de 2012. Segundo José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, o resultado recorde é devido a um somatório de fatores, como o clima ideal, que favoreceu os altos índices de produtividade, e preços mais elevados para a soja e o milho.

 

Algodão valorizado

Os preços médios do algodão em pluma estão mais elevados, neste começo de ano. Segundo levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em janeiro as cotações já acumulavam uma alta de 8%, resultado que não era visto desde fevereiro de 2011. Em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, o preço médio da arroba era de R$ 72, pouco mais de 7% superior a dezembro de 2013 e 33% maior que os registros de um ano atrás.

Helicoverpa faz estragos em MT

Os ataques da lagarta Helicoverpa Armigera geraram um prejuízo de R$ 1 bilhão ao Estado do Mato Grosso, estimou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Além disso, os estudos da entidade apontam que para combater a nova praga o produtor está gastando, além dos custos normais de prevenção, outros R$ 118 por hectare. O Imea acredita que o ataque da lagarta é capaz de reduzir em quase duas sacas por hectare a produtividade média do Estado.

Santa Catarina em alerta

A seca prolongada também trouxe prejuízos a Santa Catarina. Segundo um comunicado da Defesa Civil do Estado, os municípios do Alto Vale do Itajaí, como Agrolândia, Agronômica, Atalanta, Chapadão do Lageado, Ituporanga, Petrolândia, Lontras e Laurentino aguardam a homologação de situação de emergência. Acreditase que as perdas ultrapassem a casa dos R$ 50 milhões, afetando principalmente a produção de leite, que foi reduzida em 30%. Em Agrolândia, o milho da safrinha, plantado em novembro, teve perda de 70%.

Menos suínos para a Ucrânia

As vendas de carne suína para a Ucrânia registraram o pior resultado da história do setor para o mês de janeiro. Ao todo, foram exportadas apenas 244 toneladas, uma queda de 96% antes as 6,6 mil toneladas do mesmo período de 2013. As receitas caíram na mesma proporção, ficando em torno de US$ 818 mil, contra US$ 18 milhões de faturamento. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), as razões para tamanha queda são a existência de estoques elevados, uma ligeira recessão econômica e a instabilidde política naquele país.