O ano de 2012 não foi dos mais fáceis para as empresas de papel e celulose. O setor, que ocupa a 10a posição na pauta das exportações brasileiras, registrou uma queda de 7,4% no faturamento com as vendas externas, um recuo de 0,2% na produção de celulose – com 13,8 milhões de toneladas – e uma alta de apenas 0,2% na produção de papel, que não passou de 10,1 milhões de toneladas. A derrapada nos negócios foi atribuída, principalmente, à crise econômica mundial.

O cenário de dificuldades para o setor no mercado internacional contrastou com o desempenho doméstico. Segundo Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), as vendas nacionais tiveram um incremento de 5,9% para a celulose, com vendas domésticas de 1,6 milhão de toneladas, e um aumento de 3,6% para o papel, com um volume de 5,5 milhões de toneladas consumidos no País. “A estabilidade do mercado interno nos últimos anos deu uma importante contribuição no equilíbrio da balança, principalmente para as produtoras de papel, já que a maior parte da celulose brasileira é exportada”, diz ela.

A executiva afirma, no entanto, que as perspectivas de médio e longo prazo são positivas. “Haverá uma maior demanda por celulose, vinculada ao crescimento da população mundial. A indústria brasileira está preparada para uma retomada do crescimento.”

Foi nesse ambiente de incertezas que a Klabin, maior produtora de papel do País, se tornou a campeã do ranking setorial Papel e Celulose de AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL. Na contramão das adversidades, a companhia registrou o melhor resultado financeiro de sua história. No ano passado, a empresa teve uma receita de R$ 4,2 bilhões, resultado 7% superior ao contabilizado em 2011. “Isso foi consequência de uma combinação de redução de custos, aumento da eficiência das fábricas tos”, diz o diretor-geral Fabio Schvartsman, que assumiu o cargo em 2011 e promoveu uma reestruturação focada na melhoria industrial.

Foram investidos R$ 76 milhões  na Unidade Monte Alegre, no Paraná, para aumentar a capacidade de branqueamento de celulose em 30 mil toneladas por ano. Na área florestal, novas máquinas de colheita e de preparo do solo entraram em operação. E, para melhorar a logística, um novo sistema de rastreamento de caminhões permitiu otimizar as rotas que transportam a matéria-prima das florestas de eucalipto até as fábricas. “Essas ações nos leva e melhoria do mix de produtos”, diz o diretor-geral Fabio Schvartsman, que assumiu o cargo em 2011 e promoveu uma reestruturação focada na melhoria industrial.

Foram investidos R$ 76 milhões na Unidade Monte Alegre, no Paraná, para aumentar a capacidade de branqueamento de celulose em 30 mil toneladas por ano. Na área florestal, novas máquinas de colheita e de preparo do solo entraram em operação. E, para melhorar a logística, um novo sistema de rastreamento de caminhões permitiu otimizar as rotas que transportam a matéria-prima das florestas de eucalipto até as fábricas. “Essas ações nos levaram a um recorde em geração de caixa, com Ebitda de R$ 1,4 bilhão”, diz Schvartsman.

Neste ano, a empresa investirá um total de R$ 400 milhões para ampliar a capacidade da Unidade Goiana, em Pernambuco, e outros R$ 220 milhões na fábrica de Correia Pinto, em Santa Catarina. “Devemos fechar 2013 com resultados bastante positivos, mantendo um desempenho sólido em todas as áreas de negócios”, afirma Schvartsman.

Além disso, a Klabin implementará o maior plano de investimentos de sua história: o Projeto Puma, que, com recursos de R$ 5,8 bilhões, vai construir uma fábrica em Ortigueira (PR) para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose de fibra curta, longa e fluff – um tipo de papel mais absorvente. “Até o fim de 2014, teremos um aumento de 15% na capacidade total”, afirma Schvartsman.