A soma de todas as riquezas do País, medidas através do Produto Interno Bruto (PIB), deve crescer na casa de 1% em 2012, em cima dos R$ 4,1 trilhões de 2011. Batizado com a simpática alcunha de Pibinho, não esconde a frustração diante do desempenho pífio da economia brasileira no ano que passou, quando se esperava algo em torno de 5%. E só não foi pior graças à extraordinária performance do agronegócio. Turbinado sobretudo por uma supersafra e pelo boom dos preços internacionais de suas principais commodities agrícolas, o setor pode ostentar um Pibão, que aumentou quase 8%, gerando uma receita de R$ 318 bilhões, de acordo com as previsões da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Para este ano, as cartas do jogo já estão sobre a mesa. Em 2013, a produção de grãos e carnes deve passar pela prova de um mercado internacional mais nervoso, principalmente na Europa, disposto a tudo para pagar menos, recorrendo a artimanhas, como o carnaval em torno de uma suposta ocorrência da doença da vaca louca, no País, ao mesmo tempo que a demanda deve permanecer aquecida em mercados nos quais o Brasil tem cada vez mais presença, como a China. O país asiático já anunciou que vai ampliar as importações de cereais. O desafio do Brasil é atender a essa demanda e resolver questões estratégicas para o campo, como a infraestrutura logística, financiamento à produção e seguro rural. Nas próximas páginas, DINHEIRO RURAL mostra um panorama dos principais temas que mobilizarão o agronegócio em 2013.