Genética  |  nelore

A agropecuária Genética Aditiva, com fazendas em Mato Grosso do Sul, já foi um negócio de to­­da a família de Hélio Co­elho, um dos mais tradicionais criadores de gado do Estado, que faleceu em 2008. Com a divisão da herança, desde meados de 2014, a Gené­tica Aditiva ficou sob os cuidados do filho Eduardo Folley Coelho, 60 anos. Fiel aos ensinamentos do pai, o trabalho de melhoramento genético do gado nelore não saiu da linha. “Meu pai era um homem da ciência, e seguia à risca os programas de melhoramento”, afirma. “Isso eu não vou mudar”.

Não por acaso, pela primeira vez, um mesmo criatório foi indicado por três programas de melhoramento genético para concorrer ao prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL, entre os Des­taques da Pecuária. A empresa le­­vou o primeiro lugar em Genética Ne­lore, categoria exclusiva para a raça de bovinos mais criada no País. Uma das indicações foi pelo programa da Associação Naci­o­nal de Criadores e Pesquisadores (ANCP), coordenado por Ray­sildo Lobo, geneticista da Universidade de São Paulo. Outra foi através do Gene­plus, da Em­bra­pa Gado de Corte, em Cam­po Grande (MS), coordenado pelo ge­­ne­­ticista Luís O­tá­vio Campos da Sil­va. A terceira veio do Pro­grama de Me­­lho­­ramento Ge­nético das Raças Zebuí­nas, da Asso­ci­ação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). No caso da ANCP, por exemplo, mais da metade dos 20 melhores touros por índice final em seu sumário dos animais de seleção são da Genética Aditiva.50

O rebanho de Folley é de três mil matrizes. Neste ano, ele já vendeu 960 touros. Além disso, até o mês de outubro, 31 reprodutores estavam em coleta de sêmen em centrais de inseminação, com a expectativa de encerrar o ano com 260 mil doses vendidas, 57% acima de 2015. “Com filhos nascendo por todo o Brasil, há ainda maior consistência dos dados da avaliação genética”, diz Coelho. Só no Ge­neplus, a empresa tem 2,6 mil animais, com parte deles nascidos em outros criatórios e que contribuem com dados para a avaliação genômica.