Em julho, a cachaça produzida em Salinas, município do norte de Minas Gerais, e os produtos têxteis em algodão coloridos naturalmente, cultivados na região de Campina Grande, Paraíba, ganharam o selo de identificação Geográfica (iG), um instrumento que atesta a origem e que dá credibilidade à produção. a iG é concedida pelo instituto Nacional da Propriedade industrial (inpi), órgão do Ministério do Desenvolvimento indústria e Comércio exterior (MDiC). Confira a produção das duas localidades e os demais produtos com iG no País.

AS IGS DO BRASIL
O que o País já produz com identificação geográfica

Minas Gerais
Café da região do Cerrado
Café da Serra da Mantiqueira 
Queijo do Serro Queijo da Canastra

Ceará
Camarões da Costa Negra


Rio Grande do Sul
Vinho do Vale dos Vinhedos
Vinhos e espumantes de Pinto Bandeira
Carne bovina da Campanha Meridional
Couro bovino do Vale do Sinos
Arroz do Litoral Norte Doces de Pelotas


Rio de JaneIro
Aguardente de Paraty

Pernambuco/ Bahia

Uva do Vale do São Francisco

Tocantins
Capim-dourado do Jalapão

Santa Catarina
Vinhos dos Vales da Uva Goethe

AS NOVAS IGS
O mercado da cachaça mineira e do algodão paraibano

Algodão de Campina Grande
Produção: 20 toneladas por ano
Principais mercados:
85%: Paraíba
10% resto do Brasil
Quanto exporta: 5%
Principais países compradores: Itália e Japão


Cachaça de Salinas
Produção: 5 milhões de litros por ano
Principais mercados:
29% Centro-Oeste e Nordeste
70% Sudeste e Sul
Quanto exporta: 1%
Principais países compradores: EUA e Alemanha

Fonte: INPE, Cooperativa de Produção Têxtil e Afins do Algodão do Estado da Paraíba (Coopnatural)
 

EMPRESA
JBS vende a Pilgrim’s Pride
A Cal-Maine Foods, maior produtora e distribuido- ra de ovos dos estados unidos, vai concretizar em agosto a compra das operações de ovos da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), subsidiária da brasileira JBs. o valor do negócio não foi divulga- do. um dos motivos da operação foi a decisão da Cal-Maine de intensificar sua atuação no texas, estado em que a PPC opera duas granjas.

EMPRÉSTIMO
Crédito mantém crescimento
O Banco do Brasil irá aplicar um total de r$ 55 bilhões para operações de crédito rural na safra agrícola 2012/2013, volume 14,2% maior em relação ao ciclo anterior. Do total, R$ 44,5 bilhões são para os agricultores empresariais e cooperativas rurais e r$ 10,5 bilhões vão para a agricultura familiar.

ALIMENTAÇÃO
Venda milionária
A GP Investments concluiu a venda de 100% da FC Holdings, holding de investi- mento da rede de churrascarias Fogo de Chão, para a Thomas H Lee Partners, com- panhia americana de private equity por US$ 400 milhões. A transação deve ser efetiva- da no terceiro trimestre de 2012. A Fogo de Chão é uma rede brasileira de churrasca- rias, com 25 unidades. São 18 nos Estados Unidos e sete no Brasil.

EXPORTAÇÃO
A volta das frutas
Após quatro anos de quedas, devido ao clima adverso e o real valorizado, as exportações nacionais de frutas começam a ganhar fôlego com a recuperação do dólar e com a volta de condições climáticas favoráveis às
culturas do melão e da maçã. Segundo a secex, no primeiro semestre deste ano, as exportações de frutas frescas chegaram a 271, 2 mil toneladas, um crescimento de 8,6% em relação às 249,6 mil toneladas embarcados no mesmo período de 2011.

NEGÓCIO DAS ARÁBIAS
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, órgão que promove intercâmbio econômico, cultural e turístico entre os dois países, organizou em São Paulo, nos dias 11 e 12 de julho, a rodada de negócios Projeto Comprador. O encontro movimentou R$ 6,5 milhões. Michel Alaby, diretor-geral da Câmara, diz que os produtos mais procurados no Brasil foram suco de fruta, chocolate, carne bovina e de frango, açúcar e café.

O movimento de R$ 6,5 milhões era esperado?
Não, o valor foi recorde, quatro vezes mais que o estimado. Esperávamos algo em torno de R$ 1,5 milhão.
Como esse projeto pode favorecer o mercado brasileiro?
O importador dos países árabes está acostumado a lidar com fornecedores americano, europeu e asiático, não com o brasileiro. A feira é uma oportunidade de os empresários do País conhecerem as demandas do mundo árabe.
Quanto o encontro ainda pode render?
Nos próximos 12 meses, podem ser fechados negócios da ordem de US$ 40 milhões.
Que empresas estão interessadas em produtos brasileiros?
Podemos citar grandes grupos, como os supermercados Lulu, presente em oito países árabes, e o grupo Spinneys, com seis unidades. Nos Emirados Árabe, também há interessados, como as redes de varejo Choithrams, Barakat, Sultan Center. Já no Bahrein, é grande a possibilida- de de vender para a Babasons.

SOJA
À espera da China
Assim que a China, principal importador de soja do mundo, aprovar a nova ole- aginosa transgênica da Monsanto, a intacta RR2 PRO, o produto começará a ser comercializado no Brasil. A China é a principal compradora da soja brasileira. Por enquanto, os chineses seguem os trâmites no país para obter a liberação e adquirir a variedade. a Monsanto não soube informar quanto tempo esse processo deve levar para que a China consiga a aprovação comer- cial. a união europeia, no entanto, já liberou a entrada da nova soja transgênica, no fim de junho.

EXPORTAÇÃO
Do Sergipe para a Tailândia
Caprinos e ovinos do Estado de Sergipe serão exportados para a Tailândia. As negociações, que começaram em março durante a Feira Internacional de Ovinos e Caprinos (Feinco) em São Paulo, foram finalizadas no mês passado. Segundo a Associação Sergipana dos Criadores de Caprinos e Ovinos (Ascco), localizada em Aracaju e formada por 11 associados, a comercialização vai envolver 20 repro- dutores e 80 matrizes. O negócio é considerado pela Ascco uma venda de grande porte no País.

BOVINOS
Exportações em alta
As exportações brasileiras de carne bovina cresce- ram 1,8% no primeiro semestre deste ano, para US$ 2,64 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em volume, os embarques da proteína animal avançaram 2,5%,
para 557,3 mil toneladas, no mesmo período. As vendas da carne bovina in natura, em junho, alcançaram 74,2 mil toneladas, no valor de US$ 346,6 milhões, queda de 9,8% sobre os US$ 383,9 milhões registrados em junho de 2011. A queda se deu em função de sanções impostas pelo Irã.

TECNOLOGIA
Código no campo 
A Dow AgroSciences do Brasil, divisão agrícola do grupo americano dow Chemical, vai incluir a partir de setembro um Qr code nas embalagens de todo o seu portfólio de defensivos agrícolas. O Qr code é um
código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares com câmera fotográfica e, após a leitura, se transforma em um trecho de texto ou em um link. No caso da dow, a informação será um vídeo de cerca de três minutos sobre a importância de utilizar correta- mente os equipamentos de segurança.

CARNE
Liberou Geral

Depois de quatro anos de negociações, os exportadores brasileiros de carne suína e bovina poderão comercializar músculos, gordura, rins e fíga- dos para todos os países do mundo. no entanto, os produtores terão de respeitar os limites máximos para o uso da ractopamina, uma substância que estimula o ganho de peso dos animais e reduz custos de produção. a decisão foi anunciada durante a reunião do Codex alimentarius, órgão que estabelece os padrões de quali- dade dos alimentos, em nível internacional, no dia 5 de julho. no encontro, ficou estabelecido que a substância não tem impacto sobre a saúde humana.

FERTILIZANTES
Gigante americano é sócio da Andali

A CHS, maior cooperativa de grãos e de energia dos estados unidos, adquiriu em julho 50% do capital da Andali, empresa que industrializa, armazena e atua na logística de fertilizantes, sediada em Paranaguá (Pr). em maio, a Chs do Brasil havia acertado a compra de 25% do Terminal Corredor Norte (TCN), no porto de Itaqui (MA). agora, a subsidiária integra o projeto do terminal de grãos do Maranhão (Tegram), obra considerada estratégica para o escoamento dos grãos produzidos no Centro-oeste e na região conhecida como Mapito.