Os bancos e instituições financeiras, que movimentam bilhões de reais, têm se aproximado do agronegócio. O setor, com PIB de R$ 1,2 trilhão em 2015, se torna cada vez mais atraente

Sérgio Rial
No ano passado, o economista Sérgio Rial, 56 anos, assumiu a presidência do banco espanhol Santander no Brasil. Desde então, Rial tem sido solicitado para se pronunciar em eventos do agronegócio, um setor que ele conhece muito bem e que está na mira da instituição financeira. Sob o seu comando, o banco começou a concentrar esforços no campo, mercado no qual atuava com certa timidez. O Santander aposta no aumento de sua carteira do agronegócio, que atualmente já é de R$ 38 bilhões. No mundo, banco é uma potência que atua mercado financeiro, com uma gestão de ativos da ordem de e 1,32 trilhão.

Edson Georges Nassar
O comando da maior cooperativa de crédito e investimento do País, o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), está nas mãos do executivo Edson Georges Nassar desde o início do ano passado. Nesse tempo, o administrador, com MBA em marketing, promoveu uma ação inédita na instituição. Em março, o Sicredi passou a atuar nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, após a incorporação de 28 cooperativas financeiras e tornou a Sicredi nacional. Na nova estrutura, agora distribuída por 20 Estados, estão 121 cooperativas integradas e 3,2 milhões de associados, donos de ativos da ordem de R$ 57,5 bilhões.

Luiz Carlos Trabuco Cappi
Basta uma espiada na agenda do presidente do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, para ter a dimensão da importância do agronegócio para a instituição. Em meio à sucessão de compromissos, um deles foi a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), feira agrícola que movimentou R$ 1,6 bilhão em máquinas e implementos. O executivo quer terminar 2016 com um aporte de crédito ao agronegócio superior aos R$ 21 bilhões de 2015, dos quais cerca de R$ 2,7 bilhões foram de recursos próprios. É essa parte do aporte que o banco quer aumentar.

“É inegável que o Brasil é um dos países mais importantes do agronegócio mundial. Além de condições naturais ideais, o País conta com a determinação de empreendedores de toda a cadeia produtiva, que a cada dia se profissionalizam mais e fazem do Brasil uma potência no setor. A cada viagem que faço ao interior, o empenho dos produtores fica mais evidente: avôs, pais e filhos se mantêm firmes nos negócios, continuando o sonho de várias gerações da família e acreditando na força do agronegócio brasileiro. Por isso, apostar no setor é apostar no sonho dessas pessoas que fazem a diferença na vida de milhões de outras pessoas. Afinal, são os produtores rurais que alimentam os sete bilhões de pessoas no mundo, número que chegará a nove bilhões até 2050.”