O ouro fechou em queda robusta nesta quinta-feira, pressionado por temores de que os juros nas economias centrais do mundo fiquem mais altos no futuro próximo. O metal precioso é particularmente sensível ao dólar e aos juros dos Treasuries, que tendem a ficar fortalecidos diante de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) agressivo nos EUA.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,98%, a US$ 1.709,30 por onça-troy.

O contrato mais líquido do metal precioso em Nova York operou hoje em seu menor nível desde 21 de julho, ao atingir mínima intraday de US$ 1.699,10.

A demanda pela commodity reduz à medida que o mercado precifica um aperto monetário mais agressivo pelo Fed nos EUA, com chance menor de corte de juros ano que vem.

“Os preços do ouro estão em queda livre e testaram o nível de US$ 1,7 mil após outra rodada de fortes dados econômicos sugerirem que o Fed poderia entregar mais aumentos nas taxas”, resume o analista Edward Moya, da Oanda.

Nesta quinta, o PMI industrial do ISM ficou estável em agosto, contrariando a expectativa por queda de analistas. Já o dado da S&P Global recuou menos que o esperado.

Em relatório, a Moody’s ressalta que o ouro sofre pressão da força do dólar e dos retornos dos Treasuries em meio às altas de juros nos EUA. Desta forma, a agência de classificação de risco reduziu sua expectativa para o preço do metal nos próximos 12 meses.