O ouro fechou em alta nesta segunda-feira, apoiado pela queda do dólar ante moedas rivais. Com isso, o metal precioso estendeu os ganhos da última sessão e retomou o patamar de US$ 1.890 no mercado futuro em Nova York.

A trajetória inflacionária dos Estados Unidos fica agora no foco de investidores, à espera do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de maio, que sairá na próxima quinta-feira, 10.

O ouro com entrega prevista para junho avançou 0,37%, a US$ 1.896,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Após recuar na sexta-feira por conta do fraco payroll (dado de emprego) de maio nos EUA, o dólar estendeu quedas ante moedas rivais nesta segunda-feira, dando suporte ao ouro, já que o contrato do metal fica mais barato e, portanto, mais atraente a investidores que negociam em outras divisas.

Em dia de agenda esvaziada, o mercado ficou de olho na inflação dos EUA, que deve ser o foco para o ouro no restante da semana, com a divulgação do CPI americano de maio. Para o Commerzbank, o “ambiente” atual aponta para maiores altas do metal nos próximos dias e uma consequente retomada do patamar de US$ 1.900.

“É provável que a inflação nos EUA tenha subido de forma abrupta mais uma vez, já que muitos preços que haviam sido reduzidos no início da pandemia – especialmente no setor de serviços – agora estão sendo aumentados novamente com a reabertura de empresas”, projeta o banco alemão, em relatório enviado a clientes.

A alta inflacionária costuma ser positiva para o ouro, uma vez que o metal é considerado um ativo de segurança para fazer hedge.