O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 16, apoiado pela busca por ativos de segurança à medida que o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia voltou a preocupar os mercados estrangeiros. O enfraquecimento do dólar ante rivais também conferiu suporte ao metal precioso, uma vez que a depreciação da divisa americana torna o ouro mais barato a detentores de outras moedas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril subiu 0,82%, a US$ 1.871,50 por onça-troy.

Na sessão de hoje, ativos considerados seguros tiveram um bom desempenho geral por conta de renovadas preocupações acerca da crise geopolítica na Europa, após autoridades dos EUA, Ucrânia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) negarem ter visto sinais efetivos de uma suposta retirada de tropas russas da fronteira ucraniana, como anunciou ontem o Kremlin.

Para o Wells Fargo, o conflito não ameaça o crescimento da economia global, mas o impacto sobre os preços do petróleo de eventuais sanções aplicadas à Rússia caso o país decida invadir a Ucrânia poderia pesar no poder de compra em economias desenvolvidas e provocar escassez de suprimento energético, especialmente na União Europeia.

Outro foco do mercado hoje é a expectativa pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que pode dar mais sinalizações sobre a trajetória do juro este ano e a redução do balanço de ativos do BC, diz o Citi.

Para o TD Securities, “os preços do ouro devem sucumbir em um ambiente de taxas de juro reais bem mais altas que as atuais em meio a um regime hawkish do Fed”.