O ouro fechou com ganhos nesta terça-feira, impulsionado pelas quedas do dólar ante moedas rivais e dos juros dos Treasuries, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançar menos que o esperado em agosto. Com o movimento, o metal precioso retornou ao patamar de US$ 1,8 mil no mercado futuro em Nova York.

Na Comex, divisão de metais na New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro avançou 0,71%, a US$ 1.807,10 por onça-troy.

Logo após a divulgação do CPI americano, o dólar e os juros dos Treasuries reforçaram baixas vistas ao longo da maior parte da sessão, o que tende a favorecer o ouro. O metal fica mais barato a operadores que negociam com outras divisas quando a moeda americana enfraquece, além de concorrer com os retornos da renda fixa nos EUA como reserva de segurança de investidores.

A trajetória inflacionária na principal economia também é importante para o ouro pois tem potencial para influenciar a análise de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quanto aos próximos passos para a política monetária dos EUA, segundo o Commerzbank. Para o banco, o dado desta terça apoia a visão de que a inflação nos EUA é temporária.

Analistas da Oxford Economics, porém, não esperam que o resultado desta terça altere os planos para o início do ciclo de retirada dos estímulos monetários, que deve começar entre o fim deste ano e o começo do próximo.