Os contrato mais líquido de ouro fechou em alta nesta quarta, 20, em meio à posse de Joe Biden nos Estados Unidos, trazendo expectativas por novos estímulos fiscais. O panorama de injeção adicional de dólares na economia projeta cenário de desvalorização da moeda americana no futuro, que tende a beneficiar o ouro. Além disso, o risco de aumento da dívida pública e da inflação com os novos gastos fiscais tende a incentivar busca pelo metal precioso, considerado um ativo seguro.

O ouro com entrega prevista em fevereiro avançou 1,43%, a US$ 1.866,5 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os mercados internacionais operam em tom de apetite por risco na sessão de hoje, otimistas pelo início do governo Biden, que adotará uma política fiscal ainda mais expansionista em meio à crise. Durante audiência ontem no Comitê de Finanças do Senado, a indicada para a secretaria do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu estímulos econômicos generosos, dizendo que os membros do Congresso precisam “agir com grandeza”.

A expectativa é que, com o novo pacote, haja crescimento da dívida pública americana. “Em uma data posterior, o foco provavelmente mudará do pacote fiscal para o aumento da dívida nacional e da inflação, desencadeando uma nova ascensão no preço do ouro”, avalia o Commerzbank.

O banco alemão acredita que o metal também possa se beneficiar da incerteza sobre a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão no Congresso, que tende a ter um processo “nada fácil”. “Resta saber quanto tempo levará para que o pacote chegue à mesa do novo presidente, pronto para ser assinado. O ouro deve lucrar com essa incerteza”, avalia o Commerzbank.