O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em alta nesta quinta-feira, 3, sustentado pelo enfraquecimento do dólar, em meio às perspectivas para mais estímulos fiscais e monetários ao redor mundo.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro encerrou a sessão com ganho de 0,59%, a US$ 1,841,10 a onça-troy.

Na esteira da nova onda de coronavírus, governo e oposição retomaram as discussões, nos Estados Unidos, por um novo pacote fiscal. Líder republicano no Senado, Mitch McConnell afirmou hoje que enxerga “sinais encorajadores” de que o impasse com democratas poderá ser solucionado. O senador teve reunião nesta tarde com a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, sobre o tema.

No campo monetário, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou hoje que a instituição está comprometida em manter as condições financeiras relaxadas enquanto a pandemia não for superada. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) deve ajustar os programas de compras de ativos.

A combinação de tais medidas eleva os prospectos para o volume de dólares em circulação no mercado internacional, o que deixa a moeda americana sob pressão. Por volta das 15h15 (horário de Brasília), o índice DXY, que mede a variação da divisa ante uma cesta de seis rivais fortes, cedia 0,43%, a 90,724 pontos, rondando os menores níveis em mais de 2 anos.

O dólar fraco torna commodities mais baratas e, portanto, mais atraentes. “Os preços do ouro estão sendo impulsionados por um dólar extremamente fraco, que está sofrendo de uma maior possibilidade de mais ajuda financiada por dívida nos EUA, agora que democratas e republicanos concordaram com princípios básicos”, explica o Commerzbank, em relatório.