O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, em sessão a qual o metal foi impulsionado pelo recuo nos rendimentos dos Treasuries e pela desvalorização do dólar ante a maioria das moedas. O movimento ocorre em uma semana marcada pelo temor do mercado com sinais da inflação nos Estados Unidos e dúvidas sobre as formas pelas quais o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve lidar com o tema.

O ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão em alta diária de 0,77%, com avanço semanal de 0,38%, cotado em US$ 1.838,10 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

“O rali de dois dias do dólar terminou depois que os temores de inflação arrefeceram”, explicou o Western Union.

Nesta sexta, a moeda norte-americana se desvalorizou ante pares. O euro, especificamente, foi impulsionado por indicadores publicados na região. O movimento tornou o ouro, que é cotado em dólar, mais barato para detentores de outras divisas.

O Commerzbank avalia que o recuo do ouro que se seguiu à publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA nesta semana não deve ser a tendência. Se o Fed se mantiver firme em sua posição, e os comentários iniciais sugerem que é exatamente isso que ele pretende fazer, “o preço do ouro provavelmente subirá rapidamente novamente”.

A alta inflacionária e a política acomodatícia do Fed tendem a beneficiar o metal, visto como um ativo seguro, pelo qual os investidores buscam resguardar o poder de compra.