O ouro fechou o primeiro pregão de agosto em alta, impulsionado pela fraqueza do dólar contra os principais pares e em meio a uma queda nos juros dos Treasuries.

O ouro para dezembro, que agora é o contrato mais líquido, fechou em alta de 0,28%, cotado a US$ 1.822,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

“Apesar da queda de preços de sexta-feira, um forte interesse de compra foi visto mais uma vez entre os investidores de ETF fundos de índices negociados em bolsa”, afirma o analista de metais Daniel Briesemann, do Commerzbank.

Durante a sessão, o ouro chegou a operar em queda, mas recuperou as perdas com a desvalorização do dólar ante outras moedas fortes. A divisa dos EUA estende a fraqueza vista após comentários cautelosos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na semana passada, sobre a retirada de estímulos à economia.

O dólar em baixa favorece o ouro porque deixa a commodity mais barata e atrativa para quem negocia com outras divisas, o que eleva a demanda.

O recuo nos juros dos Treasuries, que bateram mínimas sucessivas durante a manhã, também impulsionou o metal, já que os dois ativos competem como refúgio para investidores.

Também está no radar do mercado o uso de medidas emergenciais pelo Tesouro dos Estados Unidos após o fim da suspensão do teto da dívida.